segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CANCIONEIRO POPULAR (II)

 

Tonadilha dos pobres à porta do convento onde estava o Condestável:

 
Em Gram Condestrabe

Em o seu Mosteiro

Dá-nos a sua sôpa,

Mail-a sua rôpa,

Mail-o seu dinheiro.

 

A bênção de Deos

Cahiu na Caldeira

De Nunalves Pereira,

Que abondo resceu

E todolo deo.

 

Se comer queredes,

Nom bades alem:

Don menga non tem,

Ahi lo comeredes,

Como lo bedes.

 
 
Nota: Este poema está incluído no “Cancioneiro Popular” de 1867, no qual estão coligidos, por Teófilo Braga, fados, canções de rua, orações, profecias, etc

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