quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Oliva Guerra



Oliva Guerra (1898-1982) nasceu em Sintra, Portugal.
 
Poetisa, professora, historiadora de música, pianista, tradutora e cronista, foi considerada  um grande vulto da Literatura Portuguesa do século XX.
 
Possuía os cursos superiores de Piano e de Cultura Italiana.
 
Participou em diversos congressos internacionais, entre eles, o de Poesia, em Palermo (1951), e o de Mediterrâneo, em 1958.
 
Foi Presidente do Grupo dos Amigos da Cultura Italiana.
Presidiu ao Instituto de Sintra, durante 3 anos, tendo sido a criadora da "Quinzena de Sintra" e "Jornadas de Sintra", realizando recitais poéticos, conferências, espectáculos de bailado e de teatro.
 
Algumas das suas obras: “Espirituais”; “Encantamento”; “A Esquina do Tempo”; “Ritmos”; “Serenidade”;“Fonte Distante”; “Roteiro Lírico de Sintra”; “Os Grandes Mestres do Piano”.
 
Em sua homenagem, a Câmara Municipal de Sintra deu o seu nome a um Prémio Literário de Poesia.

 
Oliva Guerra doou, a Sintra, todo o seu precioso espólio literário.
 
Foi agraciada com o grau de oficial da Ordem de Sant´Iago, e com as medalhas de Beneficência Italiana e da Estrela da Solidariedade Italiana.
 
 
Poema gravado numa lápide, num dos recantos do Parque da Liberdade, em Sintra:
 
 
''Oh Sintra, cujas fontes rezam
A oração perpétua das distâncias
Em vozes que já são
Ecos perdidos de outras ressonâncias,
Onde os montes, cismando pela altura
Soluçam num rumor, de quando em quando,
Elegias amargas da lonjura.
O teu perfil de altiva flor bravia
É sonho a erguer-se do torpor da terra,
Sortilégio de verde sinfonia
Que as almas prende no Divino abraço
Do encanto passional dos horizontes
Na silenciosa paz do teu regaço.''

Oliva Guerra

 

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