sábado, 9 de agosto de 2014

MÁRIO CLÁUDIO

 
 
 
 
 

Mário Cláudio nasceu no Porto, a 6 de Novembro de 1941.

É escritor, cuja obra abrange diversos estilos literários, como romance, poesia, biografia, conto, teatro, literatura infantil, etc.

Foi tradutor e organizador de diversas antologias poéticas. Colaborou em inúmeros jornais e revistas nacionais e estrangeiros.

Exerceu a docência na Escola Superior de Jornalismo do Porto.       

Integrou a direcção da Biblioteca Pública Municipal de Vila Nova de Gaia.

Obteve o título de “Master of Arts” em Biblioteconomia e Ciências Documentais, pela Universidade de Londres.

Algumas das suas obras: Sete Solstícios, Étimos e Alexandrinos, A Voz e as Vozes, Os Sonetos Italianos de Tiago Veiga, Amadeo, A Quinta das Virtudes, Triunfo do Amor Português, O Estranho Caso do Trapezista Azul, Fotobiografia de António Nobre, Júlio Pomar - Um Álbum de Bichos.

Os seus livros estão traduzidos em várias línguas, incluindo a húngara, a checa e a croata.

Em 1984, ganhou o “Prémio APE de Romance e Novela”; em 2004, recebeu o “Prémio Fernando Pessoa” e foi distinguido com o “Prémio Vergílio Ferreira 2008”.

Foi condecorado com a “Ordem de Sant´Iago de Espada”.
 
 

Palavras de Mário Cláudio:

“Realmente, a matéria-prima do ficcionista é a alma e o comportamento humano. Tenho dificuldade em conceber universos literários que não tenham a ver com isso.”

 

 
          Feles


 

Por todo um Inverno,

O amor lhe dilacerou o ventre,

Com fundas garras de gelo.

E a Primavera zumbiu,

Sobre sua cabeça,

Numa vertigem de pólen.

Senta-se agora,

Junto à lareira do Outono,

E é um bule de porcelana.

 

 

Mário Cláudio, in “Dois Equinócios”.


 


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