quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

CASSIANO BRANCO – Arquitecto

 
 
 
 
 
 
Cassiano Branco (Lisboa, Portugal, 1897 – 1970).

 
Foi uma das referências fundamentais da arquitectura modernista em Portugal que não se limitou a projectar na capital, deixou a sua marca por todo o território nacional. (…)

Fez parte de uma geração que ficou para a história e foi para muitos “o melhor arquitecto deles todos”. (…)

Conheceu os maiores nomes da sua área profissional. Nasceram todos ao mesmo tempo e são do mesmo curso. Eram realmente poucos, apenas cinco: Pardal Monteiro, Cristino da Silva, Jorge Segurado, Carlos Ramos e Cassiano Branco.

Antes de dar por terminado o curso, foi viajar. Ao contrário da geração de arquitectos da sua época, Cassiano conclui o curso de arquitectura depois de ter ido à Bélgica, Holanda, Paris e Londres.
Estas viagens foram determinantes na forma como via a arquitectura no espaço urbano. Enquadrou a sua arquitectura na nossa atmosfera, no nosso ambiente, na nossa cultura, na nossa relação com o espaço e, inclusivamente, na nossa relação com o território.

Diplomado aos 29 anos, destacou-se logo no início da carreira com os planos para o Éden Teatro, que tinha a maior sala de teatro (e depois de cinema) da cidade. (…) Tornou-se numa das escassas grandes obras da arquitectura moderna portuguesa.

A “art déco” acompanhou-o durante grande parte da sua produção. Projectou um bairro de moradias de luxo, construídas em Lisboa, na Av. António José de Almeida; o Café Cristal, na Av. da Liberdade, etc.

Ainda na década de 40, Cassiano e outros arquitectos da sua geração - como Cristino da Silva e Pardal Monteiro - projectaram prédios de baixo rendimento na zona do Areeiro. Esta zona marcava uma situação urbana que era a da nova cidade salazarista, fruto da economia colonialista. Ali pode considerar-se terminado o modernismo arquitectural dos anos 20.

São dele o Café Império, em Lisboa, o Hotel Britânia, também na capital, a esplanada do Café Palladium, no Porto, e o estudo urbanístico para a Costa da Caparica.
Outras das suas obras: Portugal dos Pequeninos, Coliseu do Porto, Hotel Vitória.

 

Fonte:  Arqutectura Nacional

 
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Palavras de Cassiano Branco: (há 80 anos!)

 
“A defesa anti-sísmica partilha da defesa maior do património nacional, que para nós, habitantes de Lisboa, significa, além dos tesouros que ao estado compete guardar e proteger, os bens que de mais perto nos tocam, os nossos haveres e as nossas vidas. Proteger tais bens contra toda a sorte de calamidades – e um terramoto como o de 1975 não é menos calamitoso que uma guerra, por exemplo – é um dos atributos do governo: corresponde, aliás, a um princípio moral defendido por todas as sabedorias e por todas as religiões, pois que a vida humana, pela actividade espiritual que representa, é objecto inestimável e faz parte integrante dessa obra imensa e formidável da arquitectura que se chama Universo.”

 

 

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