domingo, 23 de outubro de 2016

MONTY PYTHON





MONTY PYTHON


Inglaterra. Domingo à noite, 5 de Outubro de 1969. Uma grande surpresa espera os que ligam os seus televisores e se preparam para uma noite de entretenimento. 

Um concurso mostra Genghis Khan a morrer, e a sua morte classificada por um júri. O anúncio de uma manteiga proclama o seu paladar superior, impossível de distinguir do de um caranguejo morto. E uns excitados locutores desportivos fazem o relato de Pablo Picasso a pintar enquanto pedala numa bicicleta através de Inglaterra. («Será muito interessante ver como vai ele lidar com o tráfego intenso junto de Wisborough Green´s»). 

São… Os Malucos do Circo!

Em finais dos anos 60 – uma década de confrontos raciais, protestos estudantis, guerras não declaradas, assassínios políticos, Woodstock, a primeira alunagem e a emergência do autor-compositor sensível – talvez nada pudesse ser completamente novo e inesperado. 

No entanto, Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones e Michael Palin – colectivamente, os Monty Python – fizeram-no semana após semana. 

Quando um John Cleese de smoking entoava «E agora, algo completamente diferente…» (gozando com a BBC, naturalmente), estava completamente certo. 

Personagens anunciavam repentinamente o seu desejo de serem não só lenhadores, mas lenhadores travestis. 

Os sketches eram interrompidos por personagens de outros sketches. 

Os telespectadores eram instruídos sobre técnicas de auto defesa contra fruta fresca. 

De qualquer forma, os Monty Python encontraram maneira de levar as suas audiências – em minutos, por vezes em meros segundos – da pura incompreensão (a Dança da Bofetadas com Peixe) a momentos de profunda e memorável gargalhada. 

Os fãs dos Pyton recordam nitidamente a sua primeira vez.




in “A FILOSOFIA SEGUNDO MONTY PYTHON” – (excerto)



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