domingo, 8 de janeiro de 2017

MUSEU DO ALJUBE - Resistência e Liberdade





MUSEU DO ALJUBE


O Museu do Aljube - Resistência e Liberdade é dedicado à memória do combate à ditadura e da resistência em prol da liberdade e da democracia.

Pretende valorizar as memórias comuns de resistência e evidenciar os principais traços do regime ditatorial que submeteu o nosso país durante quase meio século.

Pretende dar a conhecer o silêncio em que todo um povo foi mergulhado, resgatando-o para ensinamento dos mais novos.

Pretende partilhar nos nossos dias aspectos das realidades então vividas, organizando-os de modo sistemático e rigoroso.

Pretende inscrever na vivência colectiva os valores das lutas travadas pela liberdade e pela democracia, com a firmeza da esperança num país mais livre, justo e fraterno.

Pretende patrocinar o resgate das memórias de luta e de sofrimento, evocando momentos duros e, também, momentos empolgantes da resistência, seguros da vitória que se haveria de alcançar sobre o arbítrio e a violência.

Pretende assumir a luta contra a amnésia desculpabilizante e, quantas vezes, cúmplice da ditadura que enfrentámos entre 1926 e 1974.

Pretende remar contra a corrente da desmemória organizada pelas ideologias dominantes nas sociedades contemporâneas.

Pretende combater essa fabricação de um "presente contínuo", que torna fácil e eficaz a manipulação, a demagogia e o regressismo "invisível" às piores formas de opressão.

Pretende dar voz às vítimas e mostrar como é longo e difícil o caminho da sua reabilitação, impondo a verdade e o exemplo sobre o silêncio e o embuste.

Pretende honrar os resistentes que ousaram empenhar-se numa luta desigual e sempre ameaçada pela perseguição e pela prisão, pela tortura, pelo exílio, pela deportação e quantas vezes pela morte.

Pretende restituir a memória colectiva à cidadania, na sua pluralidade.

Pretende, em suma, assegurar que o nosso futuro não seja amputado do nosso passado.

O futuro cria-se no presente com a memória do passado.



in “Museu do Aljube – Resistência e Liberdade” – situado em Lisboa, Portugal.


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O Museu era uma antiga cadeia a qual funcionou até 1965 e foi mandada fechar pela PIDE por esta não apresentar condições de segurança, higiene e saúde.
O próprio nome pelo qual era conhecido, Cadeia do Aljube, é um pleonasmo que exacerba a sua negra função. Significa prisão ou caverna e deriva do vocábulo árabe para poço, cisterna ou lugar escuro. Em toda a sua longa história foi sempre um local de encarceramento, para crimes de delito comum, eclesiásticos, para mulheres e, na sua última fase, em exclusividade para presos políticos.




Publicação nº 1239

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