quinta-feira, 30 de março de 2017

TEMPLO I, TIKAL





TEMPLO I, TIKAL

O Santuário maia na Guatemala


Erguendo-se acima do dossel da Floresta Tropical, as pirâmides da cidade maia de Tikal dominam a paisagem. 

A civilização maia floresceu durante a época clássica entre 300 d.C. e 900, mas entrou num declínio abrupto e as suas grandes cidades foram abandonadas quinhentos anos antes da conquista da América do Sul pelos Espanhóis no século XVI. 

Escavações descobriram grupos de plataformas e estrutura de pedra dispersas por uma área de perto de sessenta e nove quilómetros quadrados. No centro dessa cidade, ligada por largas calçadas entre grupos específicos de edifícios, encontra-se uma praça central rebocada, com oitenta e cinco por sessenta e sete metros. Em frente uma da outra, de cada lado da praça, estão duas torres, a maior conhecida por Templo I ou Templo do Grande Jaguar (c.500 d.C.) 

Os grupos de edifícios compartilham uma relação geomântica, sugestiva duma hierarquia urbana e dum alinhamento solar e astral. 

Os interiores dos templos são pequenos e simples. Elevados bem acima da praça, indicam uma finalidade cerimonial elitista afastada das multidões reunidas em baixo. 

O centro urbano, com uma população calculada ao redor de cinquenta mil pessoas no seu auge, vivia dum vasto império agrícola, com ligações culturais às cidades afastadas da mesma época. Esses monumentos, agora isolados entre um emaranhado de vegetação, falam-nos silenciosamente duma misteriosa cultura perdida.



in “Arquitectura” de Neil Stevenson





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