JOSEFA DE ÓBIDOS
(Sevilha,
Espanha,1630 — Óbidos, Portugal, 1684),
Ao
longo de quase quatro décadas, Josefa de Óbidos criou algumas das imagens mais
reconhecíveis da História da Arte portuguesa. Fascinante pela sua condição de
género mas também pela individualidade do seu percurso artístico, Josefa é o
alicerce desta grande exposição que nos desvenda, em oito núcleos, o Barroco
português nos anos que se seguiram à Restauração da Independência.
Mais
de 130 peças (pintura, escultura e artes decorativas) vindas de várias
instituições nacionais e internacionais, como os museus do Prado e de Bellas
Artes de Sevilha, o Mosteiro do Escorial e de inúmeras colecções privadas,
portuguesas e estrangeiras, compõem uma mostra inovadora, que o Museu Nacional
de Arte Antiga, em parceria com a Ritmos, preparou para o verão de 2015.
Revisitar a sua obra tem
várias justificações. Mostrar a um novo público as suas pinturas, muitas em
colecções privadas, e voltar a interrogar essas obras à luz dos contributos
críticos entretanto colhidos, em exposições nacionais e internacionais onde a
presença da pintora foi particularmente forte, são apenas algumas.
Afastar de Josefa o mito da artista curiosa, porém provinciana, e apresentá-la como uma mulher emancipada e culta, cuja fé reflecte a espiritualidade do século XVII, e como o mais eficaz e reputado expoente do Barroco português no ciclo que se seguiu à Restauração, é outro dos objetivos.
Afastar de Josefa o mito da artista curiosa, porém provinciana, e apresentá-la como uma mulher emancipada e culta, cuja fé reflecte a espiritualidade do século XVII, e como o mais eficaz e reputado expoente do Barroco português no ciclo que se seguiu à Restauração, é outro dos objetivos.
Fonte: Texto de
apresentação da mostra da obra de Josefa de Óbidos realizada no Museu Nacional
de Arte Antiga em 2015 – Lisboa.
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