LEONARDO COIMBRA
(Lixa, Portugal, 1883 — Porto, 1936)
Filósofo, matemático, tribuno, político e pedagogo
Uma
das mais lúcidas inteligências que fez do acto de pensar um momento de raro
fulgor da história do pensamento português; o mais profundamente inquieto e
genuíno dos espíritos agonais de toda a filosofia em Portugal, e um dos seus
mais originais filósofos.
Em
1908 desenvolve com Jaime Cortesão e o grupo de jovens libertários, uma acção
pedagógica congregada numa agremiação – Amigos
do ABC – com o intuito de difundir a instrução básica entre o povo,
contribuindo assim para minorar o analfabetismo.
Foi
um dos fundadores da revista Àguia
(1910-1032).
Em
1914, Leonardo Coimbra filia-se no Partido Republicano. Em 1918, durante o
consulado de Sidónio Pais, chega a ser preso com outros intelectuais,
nomeadamente Raul Proença e o poeta Afonso Duarte.
Reformou
a Biblioteca Nacional e o Conservatório de Música de Lisboa, criou as Escolas
Primárias Superiores, elaborou uma proposta de reforma do programa do ensino da
filosofia nos liceus e nas Faculdades de Letras, ao mesmo tempo que promovia a
transferência da Faculdade de Letras de Coimbra para o Porto. Apresentou uma
proposta de lei visando a liberdade do ensino religioso nas escolas
particulares, o que despoletou polémicas e adversões no interior do seu
próprio partido.
Os seus brilhantes dotes
de orador mereceram de Teixeira de Pascoaes esta entusiástica quanto lírica
apreciação:
«A sua palavra é como a vara de Moisés: faz brotar água dos rebos e
fraguedos».in “Didacta – Filosofia”
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