segunda-feira, 9 de outubro de 2017

PANEGÍRICO

 
 
PANEGÍRICO

Originário da Grécia, foi primitivamente um discurso laudatório proferido em honra dos antigos heróis olímpicos helénicos. Depois disso passou a elogio fúnebre dos cristãos mártires da fé.
Em Portugal tomou a forma de elogio pessoal, histórico ou ideográfico, ligado à oratória apologética, na parte em que se relaciona com esse mesmo elogio.
As nossas Crónicas pertencem à relação do Panegírico histórico, tal como no caso da Crónica dos feitos da Guiné, de Gomes Eanes de Azurara, em que a figura do Infante D. Henrique é sempre apresentada sob a luz de um ideal aristocrático e cavaleiresco, ou nas Décadas, de João de Barros, embora com excepções de pormenor, o que, aliás, já não acontece nos seus Panegíricosde D. João III e da Infanta D. Maria”.

Outra obras panegíricas: Vida de D. João II, de Garcia de Resende; Orações fúnebres, de António Cândido; Vida de D. João de Castro, de Jacinto Freitas de Andrade. Entre vários.
O seu declínio  nos moldes tradicionais portugueses começou no século XVIII. Eça de Queirós, em Notas Contemporâneas, dá-nos um novo estilo de Panegírico moderno, ao evocar a figura de Antero de Quental.

 
in “Literatura Portuguesa”

Imagem: capa de “Crónica dos feitos da Guiné”, de Gomes Eanes de Azurara.


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