ANTÓNIO
SÉRGIO
(Damão, Índia, 1883 - Lisboa, Portugal, 1969)
Pensador,
pedagogo e político
Foi dos pensadores mais marcantes do Portugal contemporâneo,
com uma vasta obra que se estende da teoria do conhecimento, à filosofia
política e à filosofia da educação, passando pela filosofia da história.
Em
coerência com o seu sistema de pensamento, defendeu que a democracia, ao invés
de ser uma coisa é uma actividade que se identifica com o processo da cultura,
um dinamismo de essência espiritual, um fim que radica na autoridade crescente
de cada um sobre si próprio, acabando por tornar o estado desnecessário, pois
substituído pelo império de cada alma livre. Assim, a vontade geral que a
democracia invoca é «a vontade de qualquer indivíduo, sempre que este, para
proceder, toma uma atitude de pensar objectiva, racional, geral», subindo do
indivíduo à pessoa, do plano biológico ao plano do espírito, fazendo o homem
coincidir com o cidadão.
in “Filosofia
Portuguesa”
***
"António Sérgio foi preso em 1910, 1933, 1935, 1948 e
1958. E a propósito das últimas quatro vezes pensou (e depois escreveu) que foi
na prisão que encontrou a verdadeira «união nacional» - de oposição à ditadura
militar, primeiramente, e, depois, a Salazar, ao Estado Novo, ao
fascismo." O essencial da actividade política de Sérgio é sempre
enquadrável com o seu aspecto teórico - a ligação à Democracia, à Liberdade,
como via para a Educação e Cultura.
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