MARGARET SANGER
(Nova Iorque, EUA, 1879 – Arizona, 1966)
Enfermeira, sexóloga, escritora
Vivia no seio de uma família humilde, tinha dez irmãos, e viu a mãe morrer. Atribui a morte da mãe às suas 18 gravidezes.
Foi enfermeira num hospital nova-iorquino e o trabalho com os pobres despertou-a para a necessidade de haver mais informação sobre contracepção. Assim, resolveu abandonar a enfermagem para se dedicar em exclusivo a promover a divulgação de informação sobre métodos contraceptivos.
Em 1914 foi acusada judicialmente de incitar a violência e promover a obscenidade por distribuir por correio uma revista chamada "The Woman Rebel" (A Revolta da Mulher) onde atacava as restrições legais nos Estados Unidos da América relativas à distribuição de informação sobre contracepção.
Esta lei, de 1873, dizia que era crime informar, aconselhar ou medicar algo para evitar a concepção ou induzir ao aborto, para além de proibir a menção por escrito dos nomes de doenças sexualmente transmissíveis. Os médicos e enfermeiras eram impedidos por lei de dar todo este tipo de informações aos seus pacientes.
O seu caso acabou por ser arquivado dois anos mais tarde, graças ao apoio de algumas personalidades influentes na sociedade de então.
Entretanto, Margaret tinha-se refugiado na Europa onde aproveitou para aprender mais sobre controlo da natalidade.
Em 1916 Sanger montou em Brooklyn, Nova Iorque, a primeira clínica de controlo de natalidade dos Estados Unidos da América, mas por causa disso veio a ser condenada a trinta dias de prisão. Durante esse período de clausura fez uma escola para os colegas de prisão.
Depois de ser libertada ganhou um recurso em tribunal que passou a permitir aos médicos nova-iorquinos darem conselhos sobre controlo da natalidade.
O passo seguinte de Margaret Sanger foi começar a publicar a revista mensal "Birth Control Advice" (Conselhos de Controlo de Natalidade).
Em 1921 fundou a Liga Americana de Controlo de Natalidade, à qual presidiu até 1928. Esta liga viria a dar origem, em 1941, à Federação Americana de Planeamento Familiar, onde Margaret era presidente honorária.
Em 1938 lançou uma autobiografia, um dos muitos livros que escreveu ao longo da sua vida, a maior parte dos quais sobre controlo de natalidade.
in “Infopédia”
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