segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

JORGE LUÍS BORGES – A Luís de Camões




JORGE LUÍS BORGES
(Buenos Aires, Argentina, 1899 - Genebra, Suíça, 1986)
Escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta

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Entrelaçando ficção e factos reais, Borges concentrou-se em temas universais, o que lhe garantiu reconhecimento mundial. É considerado o maior escritor argentino de todos os tempos e um dos mais importantes nomes da história da literatura.

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Palavras de Jorge Luís Borges
“Não criei personagens. Tudo o que escrevo é autobiográfico. Porém, não expresso minhas emoções directamente, mas por meio de fábulas e símbolos. Nunca fiz confissões. Mas cada página que escrevi teve origem em minha emoção.”


in “Bula – Revista”
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A Luís de Camões

Sem lástima e sem ira o tempo vela
As heróicas espadas. Pobre e triste
Em tua pátria nostálgica te viste,
Oh capitão, para enterrar-te nela

E com ela. No mágico deserto
A flor de Portugal tinha perdido
E o áspero espanhol, antes vencido,
Ameaçava o seu costado aberto.

Quero saber se aquém dessa ribeira
Última compreendeste humildemente
Que tudo o que se foi, o Ocidente

E o Oriente, a espada e a bandeira,
Perduraria (alheio a toda a humana
Mudança) na tua Eneida Lusitana.

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