ALEXANDRE HERCULANO
(Lisboa, Portugal, 1810 - Santarém, 1877)
Escritor,
historiador, poeta
***
Com
Alexandre Herculano, co-introdutor com Garrett do Romantismo, surge a historiografia
crítica em Portugal. Espírito dos mais progressistas da sua época, de uma intrepidez
intelectual que só possui paralelo com a sua intrepidez moral de homem íntegro,
onde a ética se sobre puja à paixão – mesmo quando empunhava a pena de polemista
-, Herculano mantém, a mais de um século de distância da sua morte, o mesmo prestígio
que granjeou enquanto vivo.
Ao exercer o seu mister de historiador, e baseando-se
no critério de rigor que o distinguiu, refuta a veracidade da aparição de Cristo
em Ourique. Esta atitude provoca da parte do clero as mais acesas reacções a que
Herculano responde com vários opúsculos como Eu e o Clero, Considerações Pacíficas e Solemnia Verba.
Em 1859, recolhe-se desiludido à sua Quinta de Vale
de Lobos, perto de Santarém, confessando-se pessimista na «possibilidade de redenção
do país».
in “Filosofia – Enciclopédia”
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