Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, no dia
20 de Maio de 1937.
Estudou na Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa.
Ficcionista, dramaturga, poetisa e
jornalista de profissão, Teresa Horta colaborou em diversos jornais e revistas.
Foi militante do Movimento Feminista de Portugal.
Escreveu,
com as suas companheiras de Movimento, Maria Velho da Costa e Maria Isabel
Barreno, as “Três Marias”, o livro “Novas Cartas Portuguesas”, cuja temática (a
exaltação do corpo, a libertação feminina e as repressões sociais), lhes causou
um processo em tribunal, pela ousadia da desobediência
dos códigos morais que dominavam a sociedade da época. Este livro teve larga
difusão a nível internacional.
Fez parte do grupo “Poesia 61”. Este movimento foi importante na descoberta de
jovens talentos que viriam a ter destaque no panorama poético português.
Maria Teresa Horta publicou 18 livros de
poesia.
Pequena
Cantiga à Mulher
Onde uma tem
O cetim
A outra tem a rudeza
Onde uma tem
A cantiga
A outra tem a firmeza
Tomba o cabelo
Nos ombros
O suor pela
Barriga
Onde uma tem
A riqueza
A outra tem
A fadiga
Tapa a nudez
Com as mãos
Procura o pão
Na gaveta
Onde uma tem
O vestígio
Tem a outra
A pele seca
Enquanto desliza
O fato
Pega a outra na
Enxada
Enquanto dorme
Na cama
A outra arranja-lhe
A casa
O cetim
A outra tem a rudeza
Onde uma tem
A cantiga
A outra tem a firmeza
Tomba o cabelo
Nos ombros
O suor pela
Barriga
Onde uma tem
A riqueza
A outra tem
A fadiga
Tapa a nudez
Com as mãos
Procura o pão
Na gaveta
Onde uma tem
O vestígio
Tem a outra
A pele seca
Enquanto desliza
O fato
Pega a outra na
Enxada
Enquanto dorme
Na cama
A outra arranja-lhe
A casa
Maria
Teresa Horta in, "Cronista não é Recado".
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