segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

VASCO DE LIMA COUTO

 
 

           Vasco de Lima Couto nasceu no Porto, no dia 26 de Novembro de 1923. Viveu até 10 de Março de 1980.
          Foi poeta, declamador, actor e encenador.
          Trabalhou, como actor, na Companhia Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro, no Teatro Experimental do Porto, Teatro Estúdio de Lisboa, na Cornucópia, no Teatro Maria Matos, etc.
          Fez digressões a África, apreciando, especialmente, Angola. Gostava da sua imensidão e da sua gastronomia.
          Escreveu poemas para Amália, Max, Vasco Rafael, e muitos outros.
          Alguns dos seus sucessos: “Que Povo é Este, Que Povo?”; “Andorinha”; “Meu Nome Sabe-me a Areia”; “Fado da Madrugada”; “Disse-te Adeus e Morri”.
          Em Constância, existe a Casa Museu Vasco de Lima Couto, onde estão expostos, objectos pessoais, correspondência, poemas originais e uma colecção de arte constituída por mobiliário e pintura.

     
        Pomba Branca


Pomba branca, pomba branca
Já perdi o teu voar
Naquela terra distante
Toda coberta pelo mar.
Fui criança e andei descalço
Porque a terra me aquecia
E eram longos os meus olhos
Quando a noite adormecia.
Vinham barcos dos países
Eu sorria vê-los sonhar
Traziam roupas felizes
As crianças dos países
Nesses barcos a chegar.

 
Pomba branca, pomba branca.
Depois mais tarde ao perder-te
Por ruas de outras cidades
Cantei meu amor ao vento
Porque sentia saudades
Saudades do meu lugar
Do primeiro amor da vida
Desse instante aproximar
Os campos do meu lugar
À chegada e à partida
Pomba branca, pomba branca.

Vasco de Lima Couto

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