sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Calderón de la Barca

 
 
 
 

 
Calderón de la Barca (1600-1681) nasceu em Madrid, Espanha.
 
Estudou nas Universidades de Alcalá e Salamanca.
Frequentou o Colégio Imperial dos Jesuítas, em Madrid, onde aprendeu latim, grego e teologia. Mais tarde, ingressou na ordem Terceira de S. Francisco, onde se ordenou sacerdote.
 
Possuidor de um talento incomparável, a sua dramaturgia abrangeu diversos géneros teatrais, desde a comédia e zarzuela, passando pelo drama e tragédia. Foi autor de mais de duzentas obras.
 
São famosos os seus sonetos de tendência filosófica, no entanto, muito poéticos.
 
Calderón de la Barca é o vértice criativo, da “Idade de Ouro”, do teatro espanhol.
 
“Vida é um Sonho”, será, porventura, a sua mais célebre obra dramática. Contém o mais famoso monólogo do teatro de língua castelhana.
 
Foi um dos melhores poetas e dramaturgos de sempre.
 
 
Palavras de Calderón de la Barca:
 
“O que é a vida? Um frenesim. O que é a vida? Uma ilusão, uma sombra, uma ficção; e o maior bem é pequeno; pois toda a vida é sonho, e os sonhos, sonhos são.”
                                     
                                      
                                     A Noite

 
 
Esses lúcidos rasgos, essas velas
que cobram com amagos superiores
alimentos do sol em resplendores,
aquilo vivem que se sofre delas.
 
Flores noturnas são: embora belas,
efêmeras, padecem seus ardores;
pois, se um dia é o século das flores,
uma noite é a idade das estrelas.
 
Dessa, pois, primavera fugitiva
já nosso mal, já nosso bem decorre;
registro é nosso, ou morra o sol ou viva.
 
Que duração, na senda que percorre
o homem, ou que mudança não deriva
de astro que a cada noite nasce e morre?
 
 
Calderón de la Barca
Tradução: Fernando Mendes Vianna e Anderson Braga Horta
 
 
 

 
 

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