sábado, 22 de novembro de 2014

O poema são fogueiras levantadas na garganta

 
 
 
 
 
 

O poema são fogueiras levantadas na garganta

                                                       

O poema são fogueiras levantadas na garganta
ou um sono inclinado sobre as facas.

Alguém diz, a prumo
todos os nomes queimam,
e há uma deflagração assombrosa,

a palavra acende-se
com uma árvore de sangue ao centro.

 

 

Jorge Melícias, (Coimbra, Portugal, 1970) in “A Luz nos Pulmões”.

Imagem: fotografia de Muquixi

 

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