sexta-feira, 25 de março de 2016

FERNANDO CORREIA DIAS – Um Poeta do Traço






Fernando Correia Dias (Penajóia, Lamego, Portugal, 1892 – Rio de Janeiro, Brasil, 1935).

Ilustrador, pintor, caricaturista, capista, escultor, publicitário, designer (mesmo antes de existir esta denominação), Correia Dias foi um poeta do traço, com o qual abordou toda a expressão das artes gráficas como suprema expressão da alma.

Seu neto Alexandre Carlos Teixeira sentiu ser imprescindível o resgate da obra do artista luso-brasileiro Fernando Correia Dias, um homem à frente de seu tempo, que veio para o Brasil, influenciou decisivamente a vertente marajoara do Nativismo Art Déco, e aqui se envolveu com a elite cultural e conheceu a poetisa Cecilia Meireles, com quem se casou e teve três filhas. (…)

Uma significativa parte dos trabalhos criados por Fernando Correis Dias foi amealhada por Cecília Meireles no ateliê do artista, cuidadosamente guardada em caixas, e ficou sem ver a luz por 78 anos, numa paciente espera pela oportunidade de ressurgir das cinzas, algum dia.(…)

Anos após, examinando o material, Alexandre ficou admirado ao constatar a grande quantidade – e, principalmente, a alta qualidade - de sua produção artística, que havia sido cuidadosamente preservada por Cecília, por mais de meio século.(…)

Mais alguns anos se passaram e Alexandre teve a oportunidade de estabelecer contacto com um português estudioso da arte dos quadrinhos chamado Osvaldo Macedo de Sousa. Chamou sua atenção encontrar alguém que, de uma forma totalmente espontânea, conhecia bastante bem e interessava-se pela trajectória de vida e pela obra de seu avô, apesar das pouquíssimas informações sobre ele disponíveis. Um encontro dos dois, com a presença do editor Carlos Barbosa, permitiu que fosse então alinhavado o livro Fernando Correia Dias: Um Poeta do Traço.

Chegou finalmente ao conhecimento de todos a obra-prima que conta parte da história deste génio chamado Fernando Correia Dias. (…)
Para a publicação deste livro, foi feita uma criteriosa pesquisa em revistas e jornais do início do século passado à procura de trabalhos do artista, o escaneamento e limpeza digital do material em arquivo, a selecção das imagens ao longo de quase dois anos, além da preparação de um texto extremamente bem-cuidado e criterioso. 



Fonte: Clock 51 (excertos e adaptação)



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