segunda-feira, 23 de maio de 2016

GRUPO DO LEÃO





Grupo do Leão


Em 1881 alguns artistas plásticos e homens de letras, que se reuniam habitualmente na cervejaria e restaurante Leão de Ouro, da antiga Rua do Príncipe, em Lisboa, resolveram fundar o Grupo do Leão, cuja actividade se estendeu até 1888. 

O Grupo do Leão que teve a sua revista própria, a Crónica Ilustrada, dirigida por Alberto de Oliveira, congregou um núcleo de artistas modernos (como a si próprios se chamavam), devotado à estética do Naturalismo, como reacção ao meio artístico nacional, em franca decadência, simbolizado na “Promotora”. 

O chefe do grupo foi o pintor portuense Silva Porto; a ele se juntaram António Ramalho, João Vaz, Malhoa, Girão, Henrique Pinto, Rodrigues Vieira, Cipriano Martins, Ribeiro Cristino. Mais tarde, fizeram parte do Grupo do Leão, o entalhador Leandro Braga, Rafael Bordalo, Vilaça e até Soares dos Reis e o rei D. Fernando. 

Também Columbano se integrou no grupo, que retratou numa tela célebre, hoje no Museu Nacional de Arte Contemporânea, mas que pertenceu à decoração da cervejaria, efectuada em 1885, assim como vários outros quadros dos pintores do grupo. 

Ao Grupo do Leão, que promoveu exposições notáveis durante a sua existência, pertenceram ainda literatos como Monteiro Ramalho – o crítico oficial do grupo - , Fortunato da Fonseca, Augusto  Cardoso, etc. 

Não se deverá esquecer a figura de António Monteiro, também retratado por Columbano, proprietário da cervejaria que deu o nome ao Grupo do Leão, de tão grande importância na arte portuguesa nos fins do século XIX. 




Fonte: Enciclopédia de Cultura

Imagem: Grupo do Leão: pintura de Columbano Bordalo Pinheiro.

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