MADRIGAL
Antiga forma lírica usada
a primeira vez pelos poetas italianos do século XVI.
De inspiração amorosa e tom delicado, gozou durante muito tempo da preferência
dos versejadores palacianos. Os próprios Petrarca e Boccaccio cultivaram o
Madrigal, ainda na fase quase obrigatória do verso decassilábico rimado, e
então constando de dois ou três tercetos seguidos de um ou dois dísticos.
Em
França foi do particular agrado de Marot e, mais tarde, de Voltaire.
Com a sua
chegada a Portugal (século XVII), teve em Faria e Sousa o poeta que mais se lhe
aplicou, a ponto de nos ter deixado duzentos Madrigais. Mas outros poetas
portugueses fizeram uso do Madrigal, tais como Silva Alvarenca, Filinto Elíseo
e António Feijó, por exemplo, este último através do Madrigal Excêntrico, publicado nas suas “Líricas Bucólicas”.
in “Literatura”
Imagem: Livro VIII de
Madrigais (1638). É uma raridade, até ao presente só foram encontrados dois exemplares
completos, um em York (Inglaterra) e outro em Bolonha (Itália).
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