Amigos
para sempre
Em 1992, a cidade de
Barcelona vive uma das suas noites mágicas com a cerimónia de inauguração dos
Jogos Olímpicos.
A música tem nela um lugar privilegiado desde o seu começo,
com as brilhantes fanfarras que o compositor valenciano Carlos Santos escreveu
para a ocasião.
Durante o acto não só participam algumas vozes líricas mais
importantes da cena internacional, como Montserrat Caballé, José Carreras,
Alfredo Kraus e Agnes Baltsa, como também o espectáculo principal, intitulado "O
mar Mediterrâneo", conta com uma partitura escrita pelo prestigioso Ryuichi
Sakamoto, um músico de formação clássica, ecléctico como poucos, capaz de
cultivar o repertório sinfónico, o jazz, a música de câmara ou o pop
electrónico.
A obra que criou, num estilo que nalguns momentos lembra Debussy
(compositor pelo qual Sakamoto expressou em mais de uma ocasião uma admiração
incondicional), serve de acompanhamento sonoro a uma espectacular montagem a
cargo do grupo teatral La Fura dels Baus, que põe em cena a história do
Mediterrâneo desde as primeiras colonizações levadas a cabo pelos Gregos.
in “ Auditorium”
Imagem: fotografia de uma cena de “O mar Mediterrâneo”
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