quinta-feira, 7 de junho de 2018

O JOGO DA VIDA E DA MORTE




O Jogo da Vida e da Morte


A 2 de Dezembro de 1949, Leonard Bernstein, à frente da Orquestra Sinfónica de Boston, dirige a estreia da obra mais ambiciosa que até à data foi composta por Olivier Messiaen: Turangalîla-symphonie. 

Escrita entre 1946 e 1948, o título, como explica o seu criador, deriva de uma palavra sânscrita: «Lîla quer dizer ‘jogo’, mas jogo no sentido de acção divina sobre o cosmos, o jogo da criação e da destruição (…) da existência e da morte. Turanga é o tempo que corre, como um cavalo a galope (…) Assim, Turangalîla vem a significar algo parecido a um canto de amor, um hino à alegria, ao tempo, ao movimento, ao ritmo, à vida e à morte.» 

A obra surpreende o auditório pela inusitada riqueza e originalidade das suas cores orquestrais e também pela variedade e heterogeneidade da sua linguagem. Com efeito, em Turangalîla- symphonie encontram-se todas as constantes próprias do particular estilo de Olivier Messiaen, desde uma profunda fé cristã até à fascinação pela serenidade hindu, incluindo o seu interesse pelo timbre ou a sua paixão pelo canto dos pássaros.



in “Auditorium”
Imagem: escultura de Havajra


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