domingo, 28 de fevereiro de 2021

MARIA PAPOILA




MARIA PAPOILA


Sem saudades na lembrança
eu disse adeus
à terrinha e mais ao lar
levo na alma a luz da
esperança
a fé em Deus
parto a rir e a cantar
despedi-me das ovelhas
do meu cão, das casas velhas
do lugar onde eu nasci
que me importa de ir à toa
pois o meu sonho é ver Lisboa
mais o mar que nunca vi


Adeus, ó terra
adeus linda serra
de neve a brilhar
adeus aldeia
que levo na ideia
nunca mais voltar


Diz que a sina das pessoas, sempre ouvi
vem do nome que elas têm
coisas más ou coisas boas, vem daí
que comigo calha bem
eu no monte era a moçoila
tinha o nome de Papoila
que no campo anda a lidar
mas a Graça bem dizia
como sou também Maria
tinha que ir p´ro pé do mar






Autor da letra: José Galhardo
Autor da música: Raul Ferrão
Criação: Mirita Casimiro






sábado, 27 de fevereiro de 2021

A FALSA ETERNIDADE




A FALSA ETERNIDADE

O verbo prorrogar entrou em pleno vigor, e não só se prorrogaram os mandatos como o vencimento das dívidas e dos compromissos de toda sorte. Tudo passou a existir além do tempo estabelecido. Em consequência não havia mais tempo.

Então suprimiram-se os relógios, as agendas e os calendários. Foi eliminado o ensino de História. Para que História? Se tudo era a mesma coisa, sem perspectiva de mudança.

A duração normal da vida também foi prorrogada e, porque a morte deixasse de existir, proclamou-se que tudo entrava no regime da eternidade. Aí começou a chover, e a eternidade se mostrou encharcada e lúgubre. E o seria para sempre, mas não foi. 

Um mecânico que se entediava em demasia com a eternidade aquática inventou um dispositivo para não se molhar. Causou a maior admiração e começou a recolher inúmeras encomendas. A chuva foi neutralizada e, por falta de objectivo, cessou. Todas as outras formas de duração infinita foram cessando igualmente.

Certa manhã, tornou-se irrefutável que a vida voltara ao signo do provisório e do contingente. Eram observados outra vez prazos, limites. Tudo refloresceu. O filósofo concluiu que não se deve plagiar a eternidade.



CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (Itabira, Brasil, 1902 - Rio de Janeiro, 1987)
in “Contos Plausíveis”
Imagem: pintura de William Blake







sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

RESPOSTA DE VITORINO NEMÉSIO À CARTA DE JOSÉ RÉGIO




RESPOSTA DE VITORINO NEMÉSIO à CARTA DE JOSÉ RÉGIO

                                          Coimbra, 15 de Julho de 1938
                                         (R. Antero de Quental, MS, 2º)

        Meu caro José Régio,

     Tal como V., não tenho tempo nem disposição para escrever longamente. Tampouco costumo dar «explicações» a quem mas pede no tom da sua carta de 12, e muito menos «explicações» de «uns boatos» - género de sociabilidade em que evidentemente não está na minha índole colaborar. Um «evidentemente» pelo qual respondem treze anos de vida literária (1924 a 1937) passados à margem de todos os grupos e grupinhos da literatura nacional.
      
       Se há, pois, boatos, fique bem entendido que não os lanço eu. Mas, como realmente penso que V. não tem sido para comigo um perfeito e aberto camarada, aproveito a ocasião que se me oferece para lho dizer sem rodeios – e pela segunda vez.
      
     As provas não são realmente muito fáceis, dado que o seu grande temperamento de artista impregna de subtileza as coisas da própria conduta do homem. No entanto, não lhe será difícil meter a mão na consciência e ver o que ela de lá traz a respeito do seu suelto sobre o aparecimento da Revista de Portugal, na Presença. A ver se realmente é assim, tratando como anónimo o esforço alheio, que na sua ética literária se costuma fazer justiça. Isso para não o enfadar levando-o a sondagens mais profundas.
      
      E dê-me licença de me encostar, neste triste ponto, a umas palavras da sua carta: «Não estranhe este tom que é o dum homem ferido: e cansado de o ser.» Talvez que assim, tratando os dois ferimentos pela sua mútua profundidade, possamos humanamente chegar a uma certa paz pessoal.
      
      Em qualquer caso, espero que V. não atinja com possíveis resoluções extremas a sua comparticipação no que moralmente significa a Revista de Portugal na literatura portuguesa de hoje.
      
      Já responsabilizei em primeiro lugar quem de direito por qualquer solução escandalosa do caso que deve estar na origem dos «boatos», e que sempre tratei como segredo de redacção. Seria bom que todos nós pensássemos fortemente nisto.
                                                           
Vitorino Nemésio





in “Correspondência com José Régio” – Obras Completas
Imagem: retrato de Vitorino Nemésio por Victor Câmara




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

CARTA DE JOSÉ RÉGIO a VITORINO NEMÉSIO


CARTA DE JOSÉ RÉGIO a VITORINO NEMÉSIO
                                                         

                               Boavista    
                                                         12 de Julho de 1938
                                                         Portalegre
      Meu caro Nemésio:


     Bem sei que me tenho portado incorrectamente consigo: Ainda lhe não mandei o meu último livro, nem agradeci o seu. Mas atravesso uma espécie de crise que me não tem deixado escrever a ninguém nem fazer nada que não seja o meu trabalho obrigado profissional. Tenho destas coisas. Muitas vezes preciso de silêncio, solidão e descanso completos. E os meus amigos que me não puderem perdoar estas coisas, que são, talvez, sintomas duma doença incurável, - têm de me abandonar.
      
       Escrevo-lhe, hoje, obrigado por uns boatos que me chegam aos ouvidos. Segundo esses boatos, Você está persuadido que o Casais Monteiro, o Simões e eu fazemos panelinha contra Você. Não tenho tempo para pôr a questão senão nestes termos brutais.
      
     E é brutalmente que lhe digo: Se está persuadido disso, adeus. Eu já estou muito cansado de me explicar, de me abrir, de me desculpar das minhas próprias virtudes, e de não ser compreendido! Quanto ao Casais e ao Simões, esses, são melhores do que eu. Graças a Deus, todos nós somos incapazes dessas mesquinhices que nos atribuem alguns que ferozmente nos invejam. Ah! Que miserável coisa é a vida literária

Não falo bem de Você, Nemésio. Você está louco, por momentos: Espero que volte à razão, e se arrependa das extravagâncias de agora. Não estranhe este tom, que é o dum homem ferido: e cansado de o ser. Espero as suas explicações; porque eu, entenda-se bem que me não digno dá-las. Pois quê? Estaremos num mundo onde, por simples aparências (?) e intrigas, suspeitam de nós as mais mesquinhas combinações, e ainda havemos de ser nós, os caluniados, a ser humildes?

                                                             José Régio
                                                                Boavista
                                                              Portalegre




in “Correspondência com José Régio” – Obras Completas
Imagem: José Régio visto pelo pintor Arsénio da Ressurreição



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

JOÃO DOMINGOS BOMTEMPO



JOÃO DOMINGOS BOMTEMPO
(Lisboa, Portugal, 1775 – 1842)
Compositor, pianista, pedagogo

***

Ocupa um lugar de destaque entre os compositores portugueses. Foi para Paris em 1801, onde iniciou a sua carreira de pianista e de compositor, e em 1810 partiu para Londres, onde em 1813 se contava como um dos primeiros 25 associate members da recém-criada Philarmonic Society.

Em Lisboa, foi director do Conservatório de Música de Lisboa, desde a sua fundação, em Maio de 1835, cargo que ocupou até à sua morte.

Na vasta obra de composição musical de Bomtempo são evidentes as marcas do sinfonismo clássico centro europeu e a influência do bel canto italiano dominante na cultura portuguesa, nas primeiras décadas do século XVIII, com uma presença quase constante do piano.

É autor de sinfonias e de concertos de piano e orquestra. Nas suas grandes obras corais destacam-se, nos primeiros anos da década de 20, o Matutino de´Morti me, Kyrie e Gloria, Te Deum.




in “Auditorium”



terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

A FINALIDADE DO ESTADO É A LIBERDADE




A FINALIDADE DO ESTADO É A LIBERDADE


Num Estado democrático, o que menos se tem a temer é o absurdo, pois é quase impossível que a maioria dos homens unidos em um todo, se esse todo for considerável, concorde com um absurdo.

(...) Não, repito, a finalidade do Estado não é fazer os homens passarem da condição de seres razoáveis à de animais brutos ou de autómatos, mas, pelo contrário, é instituído para que a sua alma e o seu corpo se desobriguem com segurança de todas as suas funções, para que eles próprios usem uma Razão livre, para que não lutem mais por ódio, cólera ou artifício, para que se suportem sem animosidade uns aos outros.

A finalidade do Estado é portanto, na realidade, a liberdade.





BARUCH SPINOZA, (Países Baixos, 1632 – 1677), in "Tratado Teológico-Político”
Imagem: pintura de Mestre Fraguial.




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

TUTANKHAMON



TUTANKHAMON

Faraó do antigo Egipto (c. 1340 – c. 1322 a.C.) que só reinou seis anos, tendo morrido com 18 anos.

O seu reinado não foi relevante, mas a descoberta do seu túmulo, praticamente intacto, por Howard Carter e Lorde Carnarvon, em 1922, constituiu uma das mais importantes descobertas arqueológicas de todos os tempos.

Tutankhamon é familiarmente conhecido por «Rei Tut». Muita gente acredita na «maldição de Tutankhamon», que diz que quem mexer nos restos mortais, ou nos tesouros do faraó, será amaldiçoado, ou morrerá.

A lenda surgiu quando Lorde Carnarvon morreu durante as escavações. No momento da sua morte houve um corte de corrente no Cairo – e o seu cão, que estava em Inglaterra, também morreu. No entanto, Carter e a maior parte da sua equipa chegaram à velhice de boa saúde.




Imagem: A máscara funerária de Tutankhamon, em ouro, está incrustada de pedras semi-preciosas e de contas de vidro. O abutre, a cobra e a barba entrançada são símbolos da protecção dos deuses e das realezas.




Fonte: “Conhecimento Essencial”



domingo, 21 de fevereiro de 2021

GUILHERMINA SUGGIA - Violoncelista



GUILHERMINA SUGGIA
(Porto, Portugal, 1885 – 1950)
Violoncelista

***

Aos 13 anos, começou a tocar em público, integrada, como violoncelista, no quarteto de música de câmara do Orfeão Portuense.
Aos 17 anos, fez-se ouvir, numa das salas de música mais afamadas da Alemanha, em Lípsia.

Tornou-se uma artista de renome internacional, realizando largas digressões pelos principais países da Europa.

Foi diversas vezes a Londres a convite das mais altas instituições musicais, onde, em 1948, tocou, na presença da Família Real, no famoso Albert Hall, alcançando o mais extraordinário dos triunfos.  




Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres”





sábado, 20 de fevereiro de 2021

MILORD DE CRIANÇA



MILORD DE CRIANÇA

Viatura de passeio dos pequenos príncipes. Século XIX.

Caixa pintada de azul-escuro, debruada a vivos brancos e com as armas reais nas portinholas.
O interior é estofado em capitonné de cor vermelha. E tem um CINTO DE SEGURANÇA no banco do passageiro.
Capota de couro.
O banco do cocheiro é elevado.



Fonte: “Museu Nacional dos Coches” – Portugal



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

A VIDA DO DIA-A-DIA




A VIDA DO DIA-A-DIA


O discípulo pergunta:
- Mestre, onde está a verdade?
- Na vida do dia-a-dia.
- Mas eu, na minha vida diária, não vejo qualquer verdade – protesta o discípulo.
- Essa é a diferença, que uns vêem e outros não.





in “Os Melhores Contos Espirituais do Oriente” – Ramiro Calle



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

UM EX-BEATLE AO ASSALTO DA MÚSICA CLÁSSICA




UM EX-BEATLE AO ASSALTO DA MÚSICA CLÁSSICA


Depois da experiência do Liverpool Oratório, que tinha escrito em colaboração com Carl Davis, Paul McCartney, a lendária figura dos Beatles, volta a fazer uma incursão no âmbito da chamada «música clássica», agora com a sinfonia coral Standing Stone, escrita para celebrar o centenário da firma discográfica EMI.

Baseando-se em textos de inspiração celta, o compositor cria uma obra sugestiva, de um melodismo generoso e efectivo.

Foi ajudado neste trabalho por uma equip formada por Richard Rodney Bennett, John Harle, David Matthews e Steve Lodder, já que o próprio McCartney reconhece que não sabe ler nem escrever música.






in “Crónica da Música”



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

PRIMEIRA ADVOGADA PORTUGUESA




PRIMEIRA ADVOGADA PORTUGUESA


REGINA QUINTANILHA, além de primeira advogada portuguesa foi também a primeira procuradora judicial, primeira notária, primeira conservadora do registo predial.

Em 1910, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. O Conselho Universitário reuniu propositadamente para deliberar sobre o ingresso de um aluno do sexo feminino. No dia da sua entrada na Universidade, a 24 de Outubro de 1910, com apenas 17 anos, Regina Quintanilha foi recebida por toda a Academia formada em alas com as capas no chão a dar-lhe passagem.

Foi a primeira mulher licenciada em Direito e Advogada em Portugal.

A 14 de Novembro de 1913, Regina Quintanilha fez a sua estreia como Advogada no Tribunal da Boa Hora, depois do Supremo Tribunal de Justiça lhe ter dado autorização para advogar. Não obstante, só em 1918 o Decreto n.º 4676, de 19 de Julho, viria a consagrar a abertura plena da Advocacia às mulheres.

Até 26 de Abril de 1957, data em que requereu a suspensão da sua inscrição na Ordem dos Advogados, Regina Quintanilha exerceu de forma exemplar a Advocacia em Portugal, Brasil e Estados Unidos da América, sendo autora de diversos trabalhos de natureza jurídica.




Fonte: “Ordem dos Advogados” (excertos)






terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

A PERTURBAÇÃO DO ÚLTIMO ACONTECIMENTO




ITALO CALVINO
(Cuba, 1923 - Itália, 1985)
Escritor

***
Foi autor dos livros "O Cavaleiro Inexistente" e "O Visconde Partido ao Meio", obras que o consagraram como um dos maiores escritores italianos do século XX.
in “Biografias”
***
A PERTURBAÇÃO DO ÚLTIMO ACONTECIMENTO

A vida de uma pessoa consiste num conjunto de acontecimentos no qual o último poderia mesmo mudar o sentido de todo o conjunto, não porque conte mais do que os precedentes mas porque, uma vez incluídos na vida, os acontecimentos dispõem-se segundo uma ordem que não é cronológica mas que corresponde a uma arquitectura interna. 

Uma pessoa, por exemplo, lê na idade madura um livro importante para ela, que a faz dizer: "Como poderia viver sem o ter lido!" e ainda: "Que pena não o ter lido quando era jovem!". Pois bem, estas afirmações não fazem muito sentido, sobretudo a segunda, porque a partir do momento em que ela leu aquele livro, a sua vida torna-se a vida de uma pessoa que leu aquele livro, e pouco importa que o tenha lido cedo ou tarde, porque até a vida que precede a leitura assume agora uma forma marcada por aquela leitura.



in "Palomar"

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

NUNO ÁLVARES PEREIRA



NUNO ÁLVARES PEREIRA

Tendo só treze anos entrou para a corte do Rei D. Fernando de Portugal e é nomeado escudeiro da Rainha D. Leonor Teles. Posteriormente foi feito cavaleiro com uma armadura emprestada por D. João, o Mestre de Avis. Aos dezasseis anos seu padre o obriga a efectuar o casamento com uma jovem viúva chamada D. Leonor de Alvim.

Após uma reunião de conselho na Corte, D. João nomeou Nuno Álvares Conde de Ourém e Condestável do Reino, isto é, Comandante Supremo do Exército, cargo criado por D. Fernando que, pela sua vez é reconhecido como Rei de Portugal.

A reacção do Rei de Castela foi a invasão de Portugal pela Beira Alta, mas o rápido controlo da situação por parte de Nuno Álvares Pereira não permitiu o avanço das tropas castelhanas em território português.

A resolução do conflito se deu durante a Batalha de Aljubarrota em 1385 onde as tropas lusitanas obtiveram a vitória sobre a armada castelhana o que levou à consolidação da independência portuguesa.

Pelos serviços emprestados à Corte Portuguesa, D. Nunes Álvares Pereira é nomeado Conde de Arraiolos e Barcelos. Contudo, não descuidou as fronteiras com Castela para prever possíveis novos ataques.

A figura de Nuno Álvares Pereira tem sido objecto de diversas homenagens ao longo da história portuguesa. Uma delas é seu nome em múltiplas referências que fez Camões em Os Lusíadas em sentido literal ou alegórico.


NUNO ÁLVARES PEREIRA – Santo Condestável (Cernache do Bonjardim, Portugal, 1360 – Lisboa, 1431)

in “História de Portugal” (excertos)



domingo, 14 de fevereiro de 2021

A GRANDEZA DE CARÁCTER





A GRANDEZA DE CARÁCTER


Obedecer aos próprios sentimentos? Arriscar a vida ao ceder a um sentimento generoso ou a um impulso de momento... Isso não caracteriza um homem: todos são capazes de fazê-lo; neste ponto, um criminoso, um bandido, um corso certamente superam um homem honesto. 

O grau de superioridade é vencer em si esse elã e realizar o acto heróico, não por um impulso, mas friamente, razoavelmente, sem a expansão de prazer que o acompanha. 

Outro tanto acontece com a piedade: ela há-de ser habitualmente filtrada pela razão; caso contrário, é tão perigosa como qualquer outra emoção. A docilidade cega perante uma emoção - tanto importa que seja generosa ou piedosa como odienta - é causa dos piores males. 

A grandeza de carácter não consiste em não experimentar emoções; pelo contrário, estas são de ter no mais alto grau; a questão é controlá-las e, ainda assim, havendo prazer em modelá-las, em função de algo mais.




FRIEDRICH NIETZSCHE (Alemanha, 1844 – 1900)
Imagem: pintura de Renee Jorgensen Bolinger




sábado, 13 de fevereiro de 2021

CASA-MUSEU MAGDALENA E GILBERTO FREYRE





CASA-MUSEU MAGDALENA E GILBERTO FREYRE



A Vivenda Santo Antonio de Apipucos, hoje Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, está instalada no local em que o escritor escolheu para morar, por mais de 40 anos: o bucólico e tradicional bairro de Apipucos, Recife, Brasil.

A construção, reconhecida como casa-grande original do século XIX e reformada em 1881, abriga o conjunto de objectos coleccionados, guardados e ordenados pela família Freyre.

A preservação do ambiente, exactamente como fora concebido por Gilberto, revela a emoção e a sensibilidade diante da formação de um acervo que enfaticamente testemunha a vida de Pernambuco, do país e de diferentes locais do mundo.

Aí se confundem imagens sacras católicas com peças de origem africana, azulejos portugueses com peças da arte popular brasileira, porcelanas orientais com prataria inglesa e portuguesa, além de um vasto acervo bibliográfico e de uma rica pinacoteca.





Fonte: “Fundação Gilberto Freyre”