Adolfo
Casais Monteiro nasceu no Porto,
no dia 4 de Julho de 1908, e viveu até 24 de Julho de 1972.
Foi
poeta, crítico literário, novelista, tradutor, editor e professor.
Licenciou-se
em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade do
Porto.
Por
assumir posições políticas contra o regime vigente, foi afastado do ensino.
Preso várias vezes, decidiu exilar-se no Brasil. Participou nas comemorações do 4º centenário da cidade de S.
Paulo.
Foi
professor de Literatura Portuguesa em várias universidades brasileiras.
Dirigiu
as revistas “Presença”; “Águia” e “Mundo Literário”.
Traduziu autores como: Baudelaire” Hemingway, Stendhal, Tolstoi, etc.
A sua obra poética prosseguiu o primeiro
movimento
modernista português.
Publicou
vários ensaios, tais como: “Fernando Pessoa e a Crítica“ e “Estrutura e Autenticidade na Teoria e na
Crítica Literárias”.
Em
colaboração com a Associação Portuguesa de Escritores, foi criado o “Prémio
Literário de Poesia de Adolfo Casais Monteiro”.
Do livro “Noite
Aberta aos Quatro Ventos”, o poema:
A Palavra Impossível
Deram-me o silêncio para eu guardar dentro
de mim
a vida que não se troca por palavras.
Deram-mo para eu guardar dentro de mim
as vozes que só em mim são verdadeiras.
Deram-mo para eu guardar dentro de mim
a impossível palavra da verdade.
Deram-me o silêncio
como uma palavra impossível,
nua e clara como o
fulgor duma lâmina invencível,
para eu guardar
dentro de mim,
para eu ignorar
dentro de mim
a única palavra sem
disfarce -
A Palavra que nunca
se profere.
Grata por o recordar. E vou levar.
ResponderEliminarUm abraço
Obrigado. Cumprimentos.
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