quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ALEXANDRE HERCULANO

 
 

          Alexandre Herculano nasceu em Lisboa, no dia 28 de Março de 1810. Viveu até 13 de Setembro de 1877.

Foi escritor, jornalista, poeta e historiador, um dos grandes nomes do romantismo português.

Estudou francês, alemão e latim.

Frequentou as tertúlias literárias de Marquesa de Alorna, que seria sua conselheira.

Em 1831, envolveu-se numa conspiração contra o regime miguelista e foi obrigado a exilar-se em Inglaterra, e depois em França.

No ano seguinte regressa a Portugal, participando no desembarque das tropas liberais em Mindelo.

Foi director das Bibliotecas Reais das Necessidades e da Ajuda, a convite do Rei D. Fernando.

Em 1855, foi nomeado Vice-Presidente da “Academia Real das Ciências”, e convidado para uma tarefa importante: recolher documentos históricos anteriores ao século XV. Este trabalho foi publicado com o nome “Portugaliae Monumenta Historica”.

 Dirigiu a revista literária “O Panorama” que foi considerada a mais importante publicação do Romantismo português.

Da sua vasta obra, destaque para os livros: “História de Portugal” (4 volumes); “Poesias”; “História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal”; “O Bobo”; “Eurico, o Presbítero”; “O Monge de Cister”; “Lendas e Narrativas”.
 
 
          Felicidade

 
Mas, enfim, eu te achei, meu consolo;
Eu te achei, oh milagre de amor!
Outra vez, vibrará um suspiro
No alaúde do pobre cantor


Eras tu, eras tu que eu sonhava;
Eras tu quem eu já adorei,
Quando aos pés da mulher enganosa
Meu alento em canções derramei

Se na terra este amor de poeta
Coração há que o possa pagar,
Serás tu, virgem pura dos campos,
Quem virá a minha harpa acordar?


Alexandre Herculano, in “A Geração de 70”

 

 

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