terça-feira, 23 de maio de 2017

TRISTAN TZARA - Receita para fazer um poema dadaísta

 
 
 
 TRISTAN TZARA
(Moinesti, Roménia, 1896 – Paris, França,1963)

Poeta e ensaísta

Participou na fundação do movimento dadaísta em Zurique, em 1916. Proclamou a sua vontade de destruir a sociedade, os seus valores e a linguagem em obras como Coração de gás, A anticabeça e O homem aproximativo.

Após o declínio do movimento dadá, Tzara envolveu-se no surrealismo, juntou-se ao Partido Comunista e à Resistência Francesa. Tudo isto fez com que em obras como A Fuga, O Fruto Permitido, A Rosa e o Cão, esteja patente uma consciência lírica, na qual traduziu as suas preocupações sociais e testemunhou a sua ânsia de defender o homem contra todas as formas de servidão.

 
in “SlideShare” (excertos)

 
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 Palavras deTristan Tzara
Olhe para mim! Eu sou estúpido, sou uma farsa, sou um palhaço. Eu sou como todos vocês!”

 
RECEITA PARA FAZER UM POEMA DADAÍSTA

 Pegue um jornal.
Pegue uma tesoura.
Escolha no jornal um artigo com o comprimento que pensa dar ao seu poema.

Recorte o artigo.

Depois, recorte cuidadosamente todas as palavras que formam o artigo e meta-as num saco.

Agite suavemente.

Seguidamente, tire os recortes um por um.

Copie conscienciosamente pela ordem em que saem do saco.

O poema será parecido consigo.

E pronto: será um escritor infinitamente original e duma adorável sensibilidade, embora incompreendido pelo vulgo.

 

 

 

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