sábado, 13 de maio de 2017

ARGENTINA SANTOS - Fadista

 
 
 
 
ARGENTINA SANTOS

(Mouraria, Lisboa, Portugal, 1926)

 Fadista

Argentina Santos cantou, essencialmente, no restaurante de que sempre foi proprietária, “A Parreirinha de Alfama”.

Mulher corajosa e de muito trabalho dedicou-se à cozinha do espaço que abriu. Aí se juntavam muitos fadistas para petiscar e cantar e, a pouco e pouco, criaram o ambiente do restaurante que ainda hoje se mantém.

Deslocou-se ao Brasil, a S. Luís do Maranhão, em 1995, e a S. Paulo, em 1999 actuando na Casa de Portugal, à Grécia, à Escócia, a França, à Holanda, ao País de Gales, a Londres e a Itália.

A sua “Parreirinha de Alfama” tem sido cenário de muitos afectos: por lá têm passado grandes poetas do fado e compositores que lhe têm oferecido todo o reportório que possui. E, consciente da importância de ter um reportório próprio, Argentina Santos faz questão de cantar temas exclusivos, à excepção do fado "A Lágrima", de Amália Rodrigues, e do "Lisboa Casta Princesa", do repertório de Ercília Costa.

Temas como "A Minha Pronúncia", o "Chafariz d' El Rei", “As Duas Santas” e “Juras” são a sua imagem de marca, os quais foram registados nos seus primeiros trabalhos discográficos, ainda em formato de 78 rpm, gravados para a editora Estoril, logo no ano da sua estreia, em 1953.

Em 1999, no dia 28 de Novembro, foi-lhe prestada uma festa de homenagem no Museu do Fado.

No ano seguinte, a 28 de Abril, foi-lhe prestada uma homenagem no Coliseu dos Recreios em Lisboa, onde participaram inúmeros fadistas das várias gerações, que lhe teceram elogiosos comentários, demonstrativos do grande respeito inspirado pela fadista Argentina Santos aos seus colegas..

A Fundação Amália Rodrigues, na sua primeira atribuição de prémios, em 2005, distinguiu Argentina Santos com o prémio "Carreira".

 
in “Museu do Fado” (excertos)

 
***

Palavras de Argentina Santos:

“Canto quando é preciso cantar, quando tenho público que gosta de fado. Agora se é público que gosta de marchas e palminhas, eu não sei fazer isso. Claro que há gente que bate palmas a tudo. Essas pessoas vêm ao fado por vaidade, não é porque gostam. “

 

 

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