ANDREAS GRYPHIUS
(Polónia, 1616 – 1664)
Poeta,
dramaturgo
***
Poeta e escritor do Barroco Alemão.
***
MISÉRIA HUMANA
Que
são os homens, pois? Da dor triste morada,
Bola
de falsa sorte, fogos-fátuos do tempo,
Palco
de acres temores, e agudo sofrimento,
Neve logo fundida, e uma
vela apagada.
Foge-nos
esta vida qual conversa fiada.
Os
que ante vós despiram do corpo o fraco manto
E
no rol dos defuntos deste açougue entretanto
Seus nomes inscreveram,
deles não ficou nada.
Tal
como um sonho vão facilmente é esquecido
E
corre sem parar o rio não reprimido,
Assim se apagará nosso
nome, honra e sorte.
O
que agora respira, esfumar-se-á com o ar,
O
que vier depois, à cova há-de ir parar.
Que digo? Que nos vamos,
qual fumo ao vento forte?
Tradução: João Barrento
Sem comentários:
Enviar um comentário