Marcel Proust nasceu em Auteuil, perto de Paris,
França, no dia 10 de Julho de 1871. Viveu até 18 de Novembro de 1922.
Romancista, crítico literário, poeta e
ensaísta francês, é um dos grandes escritores românticos do século XX e o
precursor do romance contemporâneo.
A sua obra mais conhecida “Em busca do
Tempo Perdido”, um enorme romance autobiográfico, com cerca de três mil
páginas, foi publicada em sete partes entre 1913 e 1927, uma das grandes obras
da literatura do século XX.
Fundou, com alguns amigos, a revista “Le
Banquet”.
Em 1919, ganhou o prémio literário “Goncourt”, pela
obra “À Sombra das Raparigas em Flor”.
Schumann
Velho jardim cuja
amizade te acolheu,
Vozes e arbustos que sibilam nos valados,
Suspiros e aflições de amantes fatigados
Schumann, soldado cantor que a guerra abateu.
Vozes e arbustos que sibilam nos valados,
Suspiros e aflições de amantes fatigados
Schumann, soldado cantor que a guerra abateu.
Lá onde passam as
pombas o vento truão
Impregna de jasmim a sombra da nogueira,
O infante lê o porvir nas chamas da lareira,
A nuvem fala do sepulcro ao coração.
Impregna de jasmim a sombra da nogueira,
O infante lê o porvir nas chamas da lareira,
A nuvem fala do sepulcro ao coração.
Vertias lágrimas em
meio ao carnaval,
Mesclava-se a doçura à amarga vitória,
Ainda freme a loucura na tua memória;
Podes chorar: ela pertence ao teu rival.
Mesclava-se a doçura à amarga vitória,
Ainda freme a loucura na tua memória;
Podes chorar: ela pertence ao teu rival.
Rumo a Colônia, as
águas do Reno sagradas...
Em suas margens, que regozijo de festas!
Tudo cantava! Mas agora só funestas
Lágrimas rolam nas trevas iluminadas.
Em suas margens, que regozijo de festas!
Tudo cantava! Mas agora só funestas
Lágrimas rolam nas trevas iluminadas.
Com lealdade, a morte
viceja em teu sonho,
São flores de esperança e o seu mal se desfaz...
Mas aflito despertas e a ingrata falaz
Outra vez te golpeia o coração tristonho.
São flores de esperança e o seu mal se desfaz...
Mas aflito despertas e a ingrata falaz
Outra vez te golpeia o coração tristonho.
Coleia ao som dos guizos, desfila, tão
bela!
Schumann, doce amigo das almas e das flores,
A apascentar feliz o riacho das dores
Pelo velho jardim, fiel, sob a cancela
Onde o luar e os lírios se beijam – e ela
Se afasta, criança, a suplicar teus amores.
Schumann, doce amigo das almas e das flores,
A apascentar feliz o riacho das dores
Pelo velho jardim, fiel, sob a cancela
Onde o luar e os lírios se beijam – e ela
Se afasta, criança, a suplicar teus amores.
Marcel
Proust
Sem comentários:
Enviar um comentário