quinta-feira, 17 de outubro de 2013

PARA UM AMIGO TENHO SEMPRE UM RELÓGIO




 
 
Para um amigo tenho sempre um relógio

 

 

Para um amigo tenho sempre um relógio

esquecido em qualquer fundo de algibeira.

Mas esse relógio não marca o tempo inútil.

São restos de tabaco e de ternura rápida.

É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.

É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

 

António Ramos Rosa, in “Viagem Através duma Nebulosa”.

                         

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