terça-feira, 10 de março de 2015

MULHERES PIONEIRAS - GERTRUDE BELLE ELLION

 
 
 
 
 
 

Gertrude Belle Ellion (Nova Iorque, EUA, 1918- Chapel Hill, Carolina do Norte, EUA, 1999).

Foi médica e cientista. Licenciou-se em Bioquímica em 1937.

Em parceria com o seu colega George Hitchings, descobriu novos medicamentos através do estudo das células doentes. Um dos primeiros fármacos beneficiou, desde 1963, centenas de milhares de pessoas que fizeram transplantes de rins, sem problemas de rejeição.

Foi conselheira para a “Organização Mundial de Saúde” e da “Associação Americana para Pesquisa do Cancro”. O seu nome aparece em 45 patentes.

In 1988, she shared the Nobel Prize in Medicine with her old colleague George Hitchings and researcher Sir James Black.
 
Recebeu o “Prémio Nobel de Medicina” em 1988, pelos seus trabalhos em campos tão vastos como no combate à malária, leucemia, sida, gota e herpes virais. O prémio foi compartilhado com os investigadores George Hitchings e James Black.

Gertrude Belle Ellion foi pioneira nestas investigações

Foi a primeira mulher a pertencer à “National Inventors Hall of Fame”, uma organização que honorifica responsáveis pelos grandes avanços tecnológicos que possibilitaram o progresso humano, social e económico.

 


segunda-feira, 9 de março de 2015

POETAS DO FADO - SILVA TAVARES - Quadras de Amor

 
 
 
 
 

Silva Tavares (Estremoz, Alentejo, Portugal, 1893 – 1964).
Foi poeta, dramaturgo e escritor.
Publicou, com 18 anos de idade, o seu primeiro livro de versos intitulado Nuvens.
Escreveu cerca de 100 peças de teatro, entre dramas, comédias e farsas. De realçar, também, o seu talento para o teatro de revista.
A poesia foi, sem dúvida, predominante na sua vida literária, publicando mais de 40 obras.
Criou grandes sucessos para o Fado, tais como: Céu da Minha Rua, Que Deus me Perdoe, A Casa da Mariquinhas, Fado da Balada, Elogio do Xaile.
 
 
 
Quadras de Amor
 
 
Já te paguei por amor,
muito mais do que devia,
vê lá, se fazes favor,
de me dar a demasia.
 
Pois se foste beijada,
porque estás a negar?
Depois de carta jogada,
não se pode levantar.
 
Inda hão-de nascer os lábios,
que digam porque razão,
um beijo dado nos lábios,
se sente no coração.
 
Não digas que nada fica
da vida fútil moderna.
Fico eu a soar em bica,
quando tu traças a perna.
 
Eu olhei e tu olhaste,
sorri, sorriste depois,
eu falei e tu falaste,
casei, casámos os dois.
 
Achaste lindos meus olhos,
pondo os teus olhos nos meus,
mas tu não viste meus olhos,
viste o reflexo dos teus.
 
O sol prometeu à lua,
as estrelas ao luar,
o meu coração ao teu,
de nunca mais te deixar.
 
Maria, a quem dei um cravo,
chamou-me doido de amor,
que é mesmo coisa de doido,
dar-se uma flor a outra flor...

Silva Tavares

 
 

 

domingo, 8 de março de 2015

CANCIONEIRO POPULAR – Cantigas de Amor

 
 
 
 
 

Cantigas de Amor
 
 
Não te lembras, ó menina,
D'aquela noite de verão?
Tu a contar as estrelas,
Eu as pedrinhas do chão…
 
Meu amor, meu amorzinho,
Quem te atirara mil tiros,
Cuma pistola de prata,
Carregada de suspiros!
 
Esta noite caiu neve
Numa folhinha de couve:
Oh quem me dera cair
Nos braços de quem me ouve!
 
O amor é forte e não quebra,
O rio corre e não cansa:
Quem me dera adivinhar
Se me trazes na lembrança!
 
Oh! que pinheiro tão alto,
Que tão alto comprimento!
Quem dera que os braços fossem
Onde vai meu pensamento!
 
Debaixo d'esta ramada
Nem chove, nem faz orvalho;
Menina, se há-de ser minha.
Não me dê tanto trabalho.


J. Leite de Vasconcellos, in “Cancioneiro Popular”.
Imagem: LGF, (Lisboa, Portugal).

sábado, 7 de março de 2015

WALTER BENJAMIN - Há em toda a Beleza uma Amargura

 
 
 
 
 
 
 

Walter Benjamin, (Berlim, Alemanha, 1892 - Portbou, Espanha, 1940).

Foi poeta, filósofo, tradutor e crítico literário.

Sendo um dos filósofos mais relevantes da modernidade, apenas foi reconhecido após a sua trágica morte, durante a fuga das forças nazistas.

Da sua obra sobressaem as considerações sobre a literatura, a arte, as estruturas sociais, as tecnologias.

Algumas das suas obras: A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Tecnológica, Teses sobre o Conceito de História, A Origem do Drama Trágico Alemão, Sonetos, Infância em Berlim por Volta de 1900 (livro autobiográfico).

 

Palavras de Walter Benjamin:

"Deus é quem nutre todos os homens, e o Estado é quem os reduz à fome."
 
 
Há em toda a Beleza uma Amargura
 
Há em toda a beleza uma amargura
secreta e confundida que é latente
ambígua indecifrável duplamente
oculta a si e a quem na olhar obscura
Não fica igual aos vivos no que dura
e a não pode entender qualquer vivente
qual no cabelo orvalho ou brisa rente
quanto mais perto mais se desfigura
Ficando como Helena à luz do ocaso
a língua dos dois reinos não lhe é azo
senão de apartar tranças ofuscante

Mas à tua beleza não foi dado
qual morte a abrir teu juvenil estado
crescer e nomear-se em cada instante?
 
Walter Benjamin, in “Sonetos”.
Tradução: Vasco Graça Moura

 
 
 


sexta-feira, 6 de março de 2015

PADRE JOSÉ DE ANCHIETA

 
 
 
 
 
 

José de Anchieta (San Cristóbal de La Laguna, Tenerife, Canárias, Espanha, 1534 – Reritiba, Brasil, 1597).

Missionário jesuíta, foi poeta, historiador, gramático e teatrólogo.

Iniciou os seus estudos em Coimbra, Portugal. Com 19 anos partiu para o Brasil, com o objectivo de auxiliar na catequização dos índios.

Foi um dos participantes da fundação da cidade de São Paulo.

A sua obra foi escrita em quatro idiomas: português, castelhano, latim e tupi (língua dos nativos que viviam na costa brasileira).

Escreveu poesias em latim, português, espanhol e tupi, além de numerosos autos bilingues (português e tupi) e de uma gramática da língua geral. De grande interesse são também as suas cartas em latim, seus sermões e biografias dos padres ilustres da Companhia de Jesus, à qual pertenceu.

Foi autor da gramática, publicada em 1595, intitulada Arte de Gramática da Língua mais Usada na Costa do Brasil.

O seu trabalho literário está reunido em 17 volumes na colecção intitulada: Obras Completas.

Ficou conhecido como o “Apóstolo do Novo Mundo”.
 
Palavras de José de Anchieta: “É certo que a soberba, com seus afãs, só compra o inferno e com pouco trabalho o humilde compra o céu.”



Gramática do Padre José de Anchieta





 

quinta-feira, 5 de março de 2015

JEAN-CLAUDE CARRIÈRE - O Juiz e as Batatas

 
 
 
 
 
 
 
Jean-Claude Carrière (Hérault, França, 1931).
Escritor, actor, roteirista é, como ele próprio se considera, um contador de histórias.
Foi um dos argumentistas dos filmes: Cyrano de Bergerac, A Insustentável Leveza do Ser e O Charme Discreto da Burguesia.
 
 
Palavras de Jean-Claude Carrière: “Cada época tem sua verdade de um lado e suas notórias imbecilidades do outro.
 
 
 
O Juiz e as Batatas
 
 
A história que se segue contava-se na Alemanha nos anos sessenta, nos meios frequentados por magistrados. Supõe-se ter uma origem mais antiga:
 
“Um juiz foi passar férias a casa de um primo, que era lavrador. Ao terceiro dia o juiz, invadido por um princípio de tédio e vendo o seu primo muito ocupado, propôs-se ajudá-lo:
 
- Que sabes fazer? – Perguntou-lhe o lavrador.
 
O juiz reflectiu por momentos e não soube dar qualquer resposta satisfatória. O lavrador reflectiu por sua vez e encontrou um trabalho fácil. Levou o juiz a uma arrecadação cujo soalho estava inteiramente coberto de batatas que acabavam de arrancar.
 
- Aqui tens o que vais fazer – disse ele. – Vais separar estas batatas em três categorias. Grandes, pequenas e médias. Até logo.
 
O lavrador partiu e trabalhou todo o dia nos campos. Quando voltou, era quase noite, abriu a porta da arrecadação e viu que as batatas estavam exactamente como as tinha deixado de manhã. O juiz estava no meio da arrecadação com um ar abatido, o rosto coberto de suor, o cabelo em desalinho. Tinha na mão uma batata.
 
- Que se passou? – Pergunta o lavrador.
 
O juiz estendeu-lhe a batata e perguntou-lhe com voz alquebrada:
 
- Esta é grande, pequena ou média?"
 
 
 
 Jean-Claude Carrière, in “Tertúlia de Mentirosos”.

quarta-feira, 4 de março de 2015

PRÉMIO CAMÕES – 2008 – JOÃO UBALDO RIBEIRO

 
 
 
 
 
 
 

João Ubaldo Ribeiro (Itaparica, Bahia, Brasil, 1941 – Rio de Janeiro, Brasil, 2014) foi escritor, jornalista e professor.

Instituído pelos governos português e brasileiro em 1988, o Prémio Camões distingue, anualmente, um autor que, pelo conjunto da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua portuguesa.

O júri, que deliberou por maioria, foi presidido por Ruy Espinheira Filho (Brasil), Maria Lúcia Lepecki e Maria de Fátima Marinho (Portugal), Marco Lucchesi (Brasil), João Melo (Angola) e Corsino Fortes (Cabo Verde).        
 
Na sua decisão, o júri teve em consideração "o alto nível da obra literária de João Ubaldo Ribeiro, especialmente densa das culturas portuguesa, africanas e dos habitantes originais do Brasil".

 

 
Palavras de João Ubaldo Ribeiro:

"Não se lê porque não se gosta de ler, porque dá trabalho. Ler é chato porque a pessoa não aprendeu a ler. Ela aprendeu a ficar na frente da TV onde tudo é fornecido."


Pensamentos, palavras e obras (excertos do texto):
 
Em matéria de pecados, aliás em matéria de religião geral, eu sempre achei que a pior coisa é os pensamentos.
Na aula de catecismo, que era depois da missa e antes do futebol, quer dizer, a gente só pecando porque não queria assistir o catecismo, nessa aula dona Maria José, com aquelas blusas dela de mangas fofolentas e os olhos piscando o tempo todo e a cara de doente, dizia que se peca por pensamentos, palavras e obras.
Palavras e obras, certo, muito certo, certo. Mas pensamento é muito descontrolado, de maneira quê todo mundo tinha dificuldades nessa parte, talvez somente dona Maria José não tivesse, porque tudo o que ela pensava era catecismo.

Muitas vezes perguntei a minha mãe — e não perguntei a dona Maria José, porque o que a gente perguntava a ela, ela mandava a gente estudar e escrever uma dissertação, para ler alto no outro domingo — como é que a pessoa fazia para não pecar por pensamentos e ela me disse que bastava não pensar nem besteira nem safadagem.
Ora, isso está todo mundo sabendo, a questão é que a besteira e a safadagem aparecem o tempo todo, sem ninguém chamar. Mas de fato era uma coisa muito de admirar que os crescidos todos, na hora da comunhão, iam sem pestanejar, quer dizer, não tinham pecado nem por pensamento, por que senão não iam arriscar a receber o corpo de Cristo com tudo por dentro sujo imundo de pecados.
Eu não, eu sempre tive problemas, porque primeiro nunca deixava de esquecer algum pecado e na hora que saía é que eu lembrava e aí ficava com vergonha de voltar ao padre e aí ficava achando que ia comungar sujo imundíssimo. Mas minha mãe disse que não podia fazer lista de pecados, onde já se viu, que na hora o Espírito Santo ajudava, mas ele nunca me ajudou, pelo menos eu nunca notei nada. Enfrentei bastante sofrimento.
João Ubaldo Ribeiro, in Livro de histórias".




 

terça-feira, 3 de março de 2015

ALFREDO GUISADO – Ante a Paisagem

 
 
 
 
 
 
 

Alfredo Guisado (Lisboa, Portugal, 1891 -1975) foi poeta e jornalista.

Alfredo Guisado integrava-se nas correntes avançadas da poesia portuguesa da época. Foi amigo e colaborador de Fernando Pessoa.

O fundamental da sua obra poética está publicado no volume Tempo de Orpheu, no âmbito da renovação poética do modernismo.

A sua forte ligação à Galiza rural inspirou-o a escrever poemas na língua galega.


O pai de Alfredo Guisado era o proprietário do restaurante “Irmãos Unidos”, no Rossio, em Lisboa. Este restaurante tornou-se o ponto de encontro de estudantes e jovens intelectuais, onde foi recrutada a base de apoio para o lançamento da revista Orpheu, em 1915.
 
 

         

           Ante a Paisagem

 
Eu fujo da Paisagem. Tenho medo.
Os pinheirais são em marfim bordados.
Sou paisagem-cetim num olhar quedo,
Oiro louco sonhando cortinados.

Fujo de mim porque já sou Paisagem.
Procura-me Satã no meu chorar...
Seus passos, o ruído da folhagem.
Cimos de lírios velhos de luar.

As tuas mãos fechadas e desertas,
Janelas pra o jardim, jamais abertas,
Fiam de mármore um correr de rios...

Os teus olhos cansados de saudades.
Eunucos possuindo divindades...
Hora-luar a de teus olhos frios...



Alfredo Guisado, in “Elogio da Paisagem”

segunda-feira, 2 de março de 2015

CÉSAR VALLEJO - Os Passos Distantes

 
 
 
 
 

César Vallejo (Santiago de Chuco, Peru, 1892 – Paris, França, 1938).

Foi romancista, dramaturgo e poeta de tendência vanguardista. Evidenciou, nas suas obras, as condições de vida dos trabalhadores índios e as implicações políticas, sociais e morais da Guerra Civil Espanhola.

Publicou, em 1919, o seu primeiro livro, Los Heraldos Negros, um dos mais representativos exemplos do pós-modernismo.

Trilce, publicada em 1922, é considerada uma obra fundamental pela renovação da linguagem poética hispano-americana.

D.P. Gallagher, crítico literário e Gallagherestudioso da literatura latino-americana, escreveu sobre o poeta: “Não há nenhum poeta na América Latina como Vallejo. Ele será lembrado por descobrir uma linguagem poética única que expressa o que ele percebeu da frustração inerente à condição humana e do caos do Mundo”.

 

Palavras de César Vallejo:

“Eu nasci num dia em que Deus estava doente.”
 
 
              Os Passos Distantes
 
 
Dorme meu pai. E seu semblante augusto
parece um aprazível coração;
está agora tão doce...
se há nele algo de amargo, serei eu.
 
Há solidão no lar; nele se reza,
e notícia dos filhos não se tem.
Meu pai desperta, ausculta
a fuga para o Egito, o estancador adeus.
Está agora tão perto;
se algo distante há nele, serei eu.
 
E minha mãe passeia no quintal,
saboreando um sabor já sem sabor.
Está agora tão suave,
tão asa, tão saída, tão amor.
 
Há solidão no lar, assim sem bulha,
sem notícias, sem verde, sem infância.
E se há algo quebrado nesta tarde,
e que desce e que range,               
são dois velhos caminhos brancos, curvos.
Por eles vai meu coração a pé.      
 
César Vallejo
Tradução: Anderson Braga Horta

 
 


domingo, 1 de março de 2015

CONTOS TRADICIONAIS DO POVO PORTUGUÊS - A Carpinteirazinha

 
 
 





                                    A Carpinteirazinha

 

Três irmãs viviam do seu trabalho. Estando elas um dia questionando qual era a mais habilidosa, diz a mais velha:

– Eu tenho habilidade de fazer uma camisa da pele de casca de ovo para o rei.

– E eu atrevia-me a fazer-lhe umas calças de uma casca de amêndoa verde.

Disse a terceira:

– E eu atrevia-me a ter três filhos do rei sem ele o saber.

Deu-se o caso do rei ter passado por ali na ocasião desta conversa, e logo pediu licença para entrar. Disse que tinha ouvido isto assim e assim, e que ordenava que elas lhe mostrassem as suas habilidades.

A mais nova respondeu-lhe que isso dependia de tempo enquanto à sua parte, e o rei partiu dizendo-lhe que não deixasse perder a ocasião. As duas irmãs ficaram penalizadas com a aposta da mais nova, mas trataram de desempenhar-se da sua promessa.

Soube a mais nova que o rei saía da corte e ia estar um ano em Bule; pediu então dinheiro emprestado às irmãs, comprou ricos vestidos, e apresentou-se em Bule sem que o rei a conhecesse. Ao fim de nove meses teve ela um menino.

Ao fim de um ano o rei disse que ia até Toledo, e que quando voltasse casaria com ela, e deu-lhe muitas joias e dinheiro à despedida.

Foi o rei para Toledo e quando lá chegou, já lá estava a rapariga com outros trajos, com outra fisionomia, e o rei tornou-se a apaixonar por ela, dizendo que ela era superior a tudo quanto tinha visto. Ao fim de nove meses teve outra criança.

Acabado o ano, foi o rei para Sevilha, e lá lhe tornou a aparecer a rapariga tão bem arranjada que lhe pareceu a melhor mulher que havia naquela terra. Teve então um terceiro menino. Não quis o rei ao voltar para a corte passar por Bule, nem por Toledo, porque prometera casamento às outras duas; quando entrou na corte já lá estava a carpinteirazinha e as irmãs, pasmadas com as riquezas que trazia.

Ela fartou-se de esperar a visita do rei, que não se fiava na aposta; passado tempo o rei estava para casar com uma princesa, e no dia da boda a carpinteirazinha mandou à corte os seus três filhos vestidinhos com todas as joias que o rei lhe tinha dado. Disse-lhes que beijassem a mão do rei e ficassem calados, e só quando o rei lhes perguntasse o que queriam dissessem:

– Bule, Toledo, Sevilha, andai;
Vimos ver o casamento d'El-Rei meu pai.

Assim fizeram os meninos; o rei compreendeu logo tudo, lembrou-se da aposta e mandou vir a carpinteirazinha, com quem casou da melhor vontade.

 
Contos Tradicionais do Povo Português coligidos por Teófilo Braga

Imagem: Henry Matisse


MALMEQUER

MALMEQUER Português, ó malmequer Em que terra foste semeado? Português, ó malmequer Cada vez andas mais desfolhado Ma...