TRISTAN CORBIÈRE
(França, 1845 - 1875)
Poeta
***
POBRE RAPAZ
A Besta-Fera
A Besta-Fera
Ele que
assobiava altivo, seu desafinamento,
Perto de mim minguava; ele procurava,
Não achava, e… eu gostava de ver que o tento
Lhe faltava, o herói não soube ver que me amava.
Perto de mim minguava; ele procurava,
Não achava, e… eu gostava de ver que o tento
Lhe faltava, o herói não soube ver que me amava.
Provoquei
ricochetes no peito em tormento.
Ele só olhava… É isso que o estragava?…
Que difícil é tocar o poeta, este instrumento!…
Eu o toquei, E isso – de fato – me alegrava.
Ele só olhava… É isso que o estragava?…
Que difícil é tocar o poeta, este instrumento!…
Eu o toquei, E isso – de fato – me alegrava.
Morreu!…
Ah – até que era um rapaz engraçado.
Levou então a sério o papel destinado
Para si, nem me contou… – E morreu, assim?…
Levou então a sério o papel destinado
Para si, nem me contou… – E morreu, assim?…
Teria se
deixado fluir de poesia?…
Morte de chic, de tísica, ou porque bebia,
Ou, talvez, enfim de nada…
talvez de Mim!
Morte de chic, de tísica, ou porque bebia,
Ou, talvez, enfim de nada…
talvez de Mim!
Tradução: Marcos António Siscar
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