Vergílio Ferreira
nasceu em 28 de Janeiro de 1916, na aldeia de Melo, concelho de Gouveia, e
viveu até 1 de Março de 1996.
Aos
dez anos entrou para o Seminário do
Fundão. Esta vivência será o tema do romance “Manhã Submersa”.
Aos
16 anos abandonou o seminário e terminou o curso liceal no Liceu da Guarda.
A
seguir mudou-se para Coimbra, onde frequentou a Faculdade de Letras,
na qual se licenciou em Filologia Clássica.
Faro
é a cidade onde o escritor inicia a sua actividade de professor de português e
latim.
Bragança e Évora são as cidades que se seguem
na sua vida de docente, sendo a última o local onde Vergílio Ferreira escreveu,
em 1953, o romance “Manhã Submersa”, que foi adaptado para o cinema por Lauro
António e no qual o próprio escritor interpretou o papel de Reitor do Seminário.
Depois
veio para Lisboa, onde leccionou no Liceu Camões.
Entre
1981 e 1994, Vergílio Ferreira publicou nove volumes de diário, designado por “Conta-Corrente”.
A
sua vasta obra, dividida em romance, poesia, ensaio e diário abrange dois
períodos literários: o Neo-realismo e o Existencialismo.
Em
1984 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e em 1992 para a Academia
das Ciências de Lisboa.
Participou
no “Congresso da Associação Internacional de Críticos Literários”, em Alma-Ata,
na ex-União Soviética, e na apresentação de escritores portugueses em França,
no “Festival Literário Les Belles Étrangères”, organizado anualmente pelo
Centro Nacional do Livro, sob a égide do Ministério Francês da Cultura.
Sylviane
Sambor, directora do Centro do Livro e de Leitura em Poitou-Charentes, realizou
uma semana cultural sobre a obra literária de Vergílio Ferreira, na qual
participaram Robert Brechón (professor, ensaísta e lusófilo francês), Eduardo
Lourenço e Eduardo Prado Coelho.
A
Câmara Municipal de Gouveia instituiu o “Prémio Literário Vergílio Ferreira”,
destinado a galardoar, bienalmente, autores de originais nas áreas de romance,
ensaio literário e de Estudos Locais de Património, História e Cultura.
Há
quantos anos? Desde a juventude.
Veio
num raio de sol, num murmúrio de vento.
E
a ilusão que me trouxe de uma antiga alegria
reinventou-me
a antiga plenitude
que
já não invento.
em
fornicações rápidas de galo.
Hoje
não sou eu nunca por inteiro
e
há sempre no que faço um intervalo.
-
a cama entre nós da nossa antiga função.
Nublado
o olhar só de a ver.
E
tomo-lhe em silêncio a mão.
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