Juan
Ramón Jiménez nasceu em
Moguer, Huelva, Espanha, no dia 23 de Dezembro de 1881. Viveu até 29 de Maio de
1958.
Poeta simbolista e romântico, foi influenciado na sua juventude pelo
modernismo da poesia espanhola.
Em 1936, quando começou a Guerra Civil Espanhola, exilou-se nos Estados
Unidos, em Cuba e Porto Rico.
Colaborou na revista madrilena “Vida Nueva”.
Da obra de Juan Ramón Jiménez destacam-se os livros: “Ninfeas y Almas de
Violeta”; “Platero y Yo”; “Animal de Fondo”; “Las Hojas Verdes”; “Eternidades”;
“Piedra y Cielo”; “Poesia”; “Cântico” e “Antologias Poéticas”.
Recebeu o Prémio Nobel de
Literatura em 1956.
A
Viagem Definitiva
cantando.
E ficará o meu jardim com sua árvore verde
e o seu poço branco.
Todas as tardes o céu será azul e plácido,
e tocarão, corno esta tarde estão tocando,
os sinos do campanário.
Morrerão os que me amaram
e a aldeia se renovará todos os anos.
E longe do bulício distinto, surdo, raro
do domingo acabado,
da diligência das cinco, das sestas do banho,
no recanto secreto do meu jardim florido e caiado
meu espírito de hoje errará nostálgico...
E ir-me-ei embora, e serei outro, sem lar, sem árvore
verde, sem poço branco,
sem céu azul e plácido...
E os pássaros ficarão cantando.
Juan
Ramón Jiménez
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