domingo, 22 de setembro de 2013

JUAN RAMÓN JIMÉNEZ

 
          Juan Ramón Jiménez nasceu em Moguer, Huelva, Espanha, no dia 23 de Dezembro de 1881. Viveu até 29 de Maio de 1958.
        
          Poeta simbolista e romântico, foi influenciado na sua juventude pelo modernismo da poesia espanhola.
        
          Em 1936, quando começou a Guerra Civil Espanhola, exilou-se nos Estados Unidos, em Cuba e Porto Rico.
        
          Colaborou na revista madrilena “Vida Nueva”.
        
           Da obra de Juan Ramón Jiménez destacam-se os livros: “Ninfeas y Almas de Violeta”; “Platero y Yo”; “Animal de Fondo”; “Las Hojas Verdes”; “Eternidades”; “Piedra y Cielo”; “Poesia”; “Cântico” e “Antologias Poéticas”.
       
          Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1956.
 
 
            A Viagem Definitiva
 
Ir-me-ei embora. E ficarão os pássaros
cantando.
E ficará o meu jardim com sua árvore verde
e o seu poço branco.

Todas as tardes o céu será azul e plácido,
e tocarão, corno esta tarde estão tocando,
os sinos do campanário.

Morrerão os que me amaram
e a aldeia se renovará todos os anos.
E longe do bulício distinto, surdo, raro
do domingo acabado,
da diligência das cinco, das sestas do banho,
no recanto secreto do meu jardim florido e caiado
meu espírito de hoje errará nostálgico...
E ir-me-ei embora, e serei outro, sem lar, sem árvore

verde, sem poço branco,
sem céu azul e plácido...
E os pássaros ficarão cantando.

Juan Ramón Jiménez
 
 
 

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