O POBRE DO PESCADOR
O pobre do pescador
Já lá morreu afogado:
Foi à pesca e lá ficou
Nas ondas do mar rolado.
Aí vem o barco à vela,
Aí vem sardinha boa,
Aí vem o meu amor,
Assentadinho na proa!
Ó minha caninha verde,
Ó minha Sanjoaneira!
O peixinho foi vendido,
O ganho vai na algibeira.
As ondas do mar são brancas,
E no meio amarelas,
Tristes daqueles que nascem
Para morrer dentro delas.
No meio daquele mar
Anda uma pombinha branca,
Não é pomba, não é nada,
É o mar que se alevanta.
O mar também é casado,
O mar também tem mulher,
É casado com a areia
Dá-lhe beijos quando quer.
Quadras recolhidas por José Leite de Vasconcelos, filólogo, etnógrafo (Portugal, 1858 – 1941).
Olá, boa tarde:- E que bem que canta o Povo.
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Saudações poéticas
Gosto muito de quadras populares. Um abraço.
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