Mário Cláudio nasceu no Porto, a 6 de Novembro de 1941.
É escritor, cuja obra abrange diversos estilos literários, como
romance, poesia, biografia, conto, teatro, literatura infantil, etc.
Foi tradutor e organizador de diversas antologias poéticas. Colaborou
em inúmeros jornais e revistas nacionais e estrangeiros.
Exerceu a docência na Escola Superior de
Jornalismo do Porto.
Integrou a direcção da Biblioteca Pública Municipal de Vila Nova de
Gaia.
Obteve o título de “Master of Arts” em Biblioteconomia e Ciências
Documentais, pela Universidade de Londres.
Algumas das suas obras: Sete
Solstícios, Étimos e Alexandrinos, A Voz e as Vozes, Os Sonetos Italianos de Tiago Veiga, Amadeo,
A Quinta das Virtudes, Triunfo do Amor Português, O Estranho Caso do Trapezista
Azul, Fotobiografia de António Nobre, Júlio Pomar - Um Álbum de Bichos.
Os seus livros estão traduzidos em várias línguas, incluindo a
húngara, a checa e a croata.
Em 1984, ganhou o “Prémio APE de Romance e Novela”; em 2004, recebeu o
“Prémio Fernando Pessoa” e foi distinguido com o “Prémio Vergílio Ferreira 2008”.
Foi condecorado com a “Ordem de Sant´Iago de Espada”.
Palavras de Mário Cláudio:
“Realmente,
a matéria-prima do ficcionista é a alma e o comportamento humano. Tenho
dificuldade em conceber universos literários que não tenham a ver com isso.”
Feles
Por todo
um Inverno,
O amor
lhe dilacerou o ventre,
Com
fundas garras de gelo.
E a Primavera zumbiu,
E a Primavera zumbiu,
Sobre sua
cabeça,
Numa
vertigem de pólen.
Senta-se agora,
Senta-se agora,
Junto à
lareira do Outono,
E é um
bule de porcelana.
Mário Cláudio, in “Dois
Equinócios”.
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