segunda-feira, 11 de agosto de 2014

D. DINIS

 




D. Dinis (1261-1325) nasceu em Lisboa.
Foi Rei de Portugal entre 1279 e 1325.

Desenvolveu um trabalho importante para o desenvolvimento da agricultura, aumentando significativamente a área de plantação do pinhal de Leiria. Por isso, ficou conhecido como o “Lavrador”. Teve, também, actividade de realce na pesca e no comércio.
Fundou, em 1290, a primeira Universidade com sede em Lisboa, tendo sido transferida, em 1307, para Coimbra.

Apaixonado pela poesia e pela música, deixou 138 cantigas – de Amor, de Amigo e de Maldizer – publicadas nos Cancioneiros Galaico-Portugueses.
Foi o melhor representante da poesia trovadoresca, ficando na História como o “Rei Poeta”.



Ai, flores, ai, flores do verde pino


Ai, flores, ai, flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo?
Ai, Deus, e u é?
 
Ai, flores, ai, flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
Ai, Deus, e u é?
 
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo?
Ai, Deus, e u é?
 
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado?
 Ai, Deus, e u é?
 
Vós me preguntades polo vosso amigo?
E eu ben vos digo que é sano e vivo.
Ai, Deus, e u é?
 
Vós me preguntades polo vosso amado?
E eu ben vos digo que é vivo e sano.
Ai, Deus, e u é?
 
E eu ben vos digo que é sano e vivo
e seerá vosco ante o prazo saido.
Ai, Deus, e u é?
 
E eu ben vos digo que é vivo e sano
e seerá vosco ante o prazo passado.
Ai, Deus, e u é?

 

D. Dinis, in “A Lírica Galego-Portuguesa”.

 

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