domingo, 24 de agosto de 2014

TEIXEIRA DE PASCOAES

 
 
 
 

Teixeira de Pascoaes (1877-1952) nasceu em Amarante, Portugal.

Poeta, escritor, ensaísta, advogado, foi um dos iniciadores do movimento poético-filosófico denominado Saudosismo.

Foi director da revista “A Águia”, que se tornou órgão do movimento da “Renascença Portuguesa”.

Algumas das suas obras: Embriões, Vida Etérea, As Sombras,  Cantos Indecisos, A Arte de Ser Português, Dois Jornalistas.

Escreveu, também, as biografias romanceadas de São Paulo, São Jerónimo, Santo Agostinho e Napoleão.

Em 1828, publicou a autobiografia Livro de Memórias.

Teixeira de Pascoaes foi o poeta maior da “Renascença Portuguesa”.

Fernando Pessoa escreveu sobre Teixeira de Pascoaes:
A Saudade é para ele uma “religião” pátria, de origem ao mesmo tempo pagã e cristã, que projectou poeticamente em um “panteísmo transcendentalista.”
 

Palavras de Teixeira de Pascoaes:
"Sim, a Palavra é uma Criatura; tem, portanto, a sua anatomia e a sua psicologia, dignas do amor, do respeito e carinho que merece tudo o que vive."
 
                 
                Delírio

 

Não posso crer na morte do Menino!
E julgo ouvi-lo e vê-lo, a cada passo...
É ele? Não. Sou eu que desatino;
É a minha dor sofrida, o meu cansaço.

Delírio que me prendes num abraço,
Emendarás a obra do Destino?
Vê-lo-ei sorrir, de novo, no regaço
Da mãe? Verei seu rosto pequenino?

Mistério! Sombra imensa! Alto segredo!
Jamais! Jamais! Quem sabe? Tenho medo!
Que vejo em mim? A treva? A luz futura?

Ah, que a dor infinita de o perder
Seja a alegria de o tornar a ver,
Meu Deus, embora noutra criatura!

Teixeira de Pascoaes

1 comentário:

  1. Quanto sentimento, amigo!
    Seus escritos, como sempre, me encanta!
    Parabéns e sucesso!
    Saudações literárias,
    Simone Guerra

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