ANITA MALFATTI
(São Paulo, Brasil, 1889 - 1964)
Pintora
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Anita Malfatti foi uma das mais importantes pintoras brasileiras. Sua obra é considerada uma importante semente da eclosão da Semana de Arte Moderna de 1922, que impulsionou o movimento modernista no Brasil.
Seu tio e padrinho Jorge Krug financiou uma viagem para a Alemanha, a fim de que desenvolvesse o talento para a pintura. Era o ano de 1910, ano marcante para a arte moderna alemã.
Lá, ela conheceu movimentos de vanguarda como o expressionismo e o cubismo e teve aulas de pintura com importantes artistas e professores. Com a proximidade da Primeira Guerra Mundial, decidiu voltar ao Brasil.
Então, novamente seu tio financiou sua ida, dessa vez para os Estados Unidos, onde conheceu o trabalho experimental de muitos outros artistas. Ficou lá por dois anos.
Esses movimentos e essas experimentações influenciaram bastante a obra da pintora. Seus quadros eram marcados por pinceladas largas e cores que fugiam do naturalismo (por exemplo, a cor do cabelo de uma mulher poderia ser verde, e não marrom), além da deformação das figuras.
Em 1917, incentivada pelo pintor Di Cavalcanti, Anita fez uma importante exposição individual em São Paulo.
O evento chamou a atenção de artistas e de intelectuais como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, que encabeçaram o movimento modernista no Brasil.
Em 1945, depois da morte da mãe e de seu maior amigo, Mário de Andrade, realizou mais uma exposição individual. O que expôs então mostrava uma nova fase de sua vida artística.
Anita dedicava-se a observar e pintar o povo brasileiro, seus usos e costumes. Definia, então, seu trabalho como arte popular brasileira.
Vivia reclusa em uma chácara em Diadema, no estado de São Paulo, onde morreu.
in “Britannica Escola” (excertos)
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