sexta-feira, 30 de outubro de 2020

QUE FALEM MAL, MAS QUE FALEM




QUE FALEM MAL, MAS QUE FALEM


«Porque razão escreve assim? O senhor tem talento, não necessita de fazer isso.» Com estas palavras, Richard Strauss perguntava ao jovem Paul Hindemith o porquê do seu estilo provocador, evidente nos ritmos da Suite 1922 para piano, ou no seu Kammermusik nº1, em que inclui o som de uma sereia no último andamento.

Strauss devia referir-se sobretudo às suas óperas, uma espécie de trilogia que o músico escreveu entre 1919 e 1921, integrada por Assassino, esperança das mulheres, Das Nusch-Nuschi e Santa Susana. 

Esta última é representada em Frankfurt a 26 de Março de 1822 e suscita um escândalo sem precedentes, não tanto pela essência da sua música com pela do seu argumento, que, situado no ambiente de um convento de clausura, trata da natureza carnal do êxtase místico.

A obra baseia-se numa belíssima balada do poeta expressionista alemão August Stram.







in”Auditorium”







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