RAUL DE CARVALHO
(Alvito, Portugal, 1920 –
Porto, 1984)
Poeta
***
AMIÚDE
No vale dos afectos
ninguém está seguro:
mingua a lembrança
Esquece-se o rosto,
Retorna-se ao eu,
Os lábios secam, as palavras dormem, os sonhos
dispersam-se a
presença ausenta-se, há o
lago de que não se vê o fundo
E apenas as pequenas ilusões
-um café, o cigarro, a limonada -
imitam dois corações
unidos...
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