DOM FUAS ROUPINHO
Dom Fuas Roupinho era alcaide do
castelo de Porto de Mós e como desde Porto de Mós,
embora seja bastante longe, até à costa era quase tudo ermos e florestas o Dom
Fuas dizem que costumava caçar bastantes vezes afastando-se do seu castelo em
Porto de Mós.
E
então, D. Fuas será do tempo de D. Afonso Henriques e
teria sido nomeado precisamente pelo D. Afonso Henriques como alcaide-mor do
castelo de Porto de Mós e então conta-se que um dia estando ele, ou tendo ido
ele caçar, fazer uma grande montaria com mais um ou dois cavaleiros para os
lados da Nazaré que lhe apareceu um veado, há quem
conte que esse veado era o próprio demónio, há quem conte que era simplesmente
um veado.
O tempo estaria encoberto, como muitas vezes se sucede na Nazaré e o
D. Fuas começou em perseguição desse veado.
Na
versão que conta que conta que seria o diabo, então o diabo para tentar o D.
Fuas, fez-lhe ou engodou na perseguição e quando o D. Fuas reparou o cavalo
estava mesmo sobre o precipício muito alto da Nazaré e o veado, que seria neste
caso o diabo, precipitou-se pela rocha fora e o D. Fuas ia no cavalo, tentou
estancar o cavalo, mas viu que não conseguiu e pediu ajuda à Nossa Senhora da
Nazaré que lhe apareceu e conseguiu parar o cavalo.
Hoje
existe essa mesma rocha, portanto essa rocha é prolongada, em relação à riba é
uma rocha pontiaguda, triangular e nela foi feito uma pequena ermida. E também
nesse morro foi construído um mosteiro que actualmente ainda existe, é o
Mosteiro da Nazaré, e é um dos primeiros mosteiros senão do tempo de D. Afonso
Henriques pelo menos do tempo muito próximo dessa era.
Há
na rocha uma concavidade que dizem que é a pata onde o cavalo, onde as patas de
trás do cavalo e as pessoas têm muita curiosidade de ir lá ver o sítio onde o
cavalo teria estancado e ficado com as patas da frente no ar e as patas de trás
com tanta força que marcaram a rocha. Claro que é uma lenda.
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