GRUPO DO LEÃO
Em 1881, alguns artistas
plásticos e homens de letras, que se reuniam habitualmente na cervejaria e
restaurante Leão de Ouro, da antiga Rua do Príncipe, em Lisboa, resolveram
fundar o Grupo do Leão, cuja actividade se estendeu até 1888.
O Grupo do Leão
que teve a sua revista própria, a Crónica
Ilustrada, dirigida por Alberto de Oliveira, congregou um núcleo de
artistas modernos (como a si próprios
se chamavam), devotado à estética do Naturalismo, como reacção ao meio
artístico nacional, em franca decadência, simbolizado na “Promotora”.
O chefe
do grupo foi o pintor portuense Silva Porto; a ele se juntaram António Ramalho,
João Vaz, Malhoa, Girão, Henrique Pinto, Rodrigues Vieira, Cipriano Martins,
Ribeiro Cristino. Mais tarde, fizeram parte do Grupo do Leão, o entalhador
Leandro Braga, Rafael Bordalo, Vilaça e até Soares dos Reis e o rei D.
Fernando.
Também Columbano se integrou no grupo, que retratou numa tela
célebre, hoje no Museu Nacional de Arte Contemporânea, mas que pertenceu à
decoração da cervejaria, efectuada em 1885, assim como vários outros quadros
dos pintores do grupo.
Ao Grupo do Leão, que promoveu exposições notáveis
durante a sua existência, pertenceram ainda literatos como Monteiro Ramalho – o
crítico oficial do grupo -, Fortunato da Fonseca, Augusto Cardoso, etc. Não se deverá esquecer a figura
de António Monteiro, também retratado por Columbano, proprietário da cervejaria
que deu o nome ao Grupo do Leão, de tão grande importância na arte portuguesa
nos fins do século XIX.
Fonte: "Enciclopédia de Cultura"
Imagem: Grupo do Leão: pintura de Columbano Bordalo
Pinheiro.
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