sábado, 31 de outubro de 2020
LENDA - Dom Fuas Roupinho
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
QUE FALEM MAL, MAS QUE FALEM
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
ÓPERA – TURANDOT
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
JACINTO SIMÕES – Médico, poeta
JACINTO SIMÕES – Médico, poeta
(Lisboa, Portugal, 1925 – 2010)
***
Após completar os estudos liceais, em 1943, ingressou na
Faculdade de Medicina de Lisboa tendo concluído a Licenciatura, em 1949, com 18
valores.
Seguindo as passadas do pai, figura destacada da República, despertou muito
cedo para a política tendo sido um dos fundadores do MUD Juvenil em 1945. No
início de 1946, participou também na fundação da Juventude Socialista
Portuguesa, fazendo parte do seu directório inicial.
Colaborou ainda na revista Seara Nova
e, em 1949, apoiou a candidatura oposicionista de Norton de Matos à Presidência
da República.
Privou com Mário de Azevedo Gomes, Bento de Jesus Caraça, António Sérgio,
Câmara Reis, Jaime Cortesão, tornando-se um frequentador e organizador de
tertúlias e, durante muitos anos, recebeu semanalmente na sua casa de
Linda-a-Velha, muitas das principais figuras intelectuais e artísticas do país.
Foi também um membro do Grande Oriente Lusitano, tendo entrado para a maçonaria
em 1952 pela mão de Vasconcelos Frazão, assistente do médico Luís Hernâni Dias
Amado.
Dedicou-se de corpo e alma à sua carreira médica, tendo sido médico dos Hospitais Civis e Director Clínico do Hospital de Santa Cruz.
Foi pioneiro no tratamento da insuficiência renal, por hemodiálise e transplante em Portugal, e dirigiu durante longos anos o serviço de Nefrologia do Hospital de Santa Cruz.
Paralelamente foi professor universitário, obtendo o seu Doutoramento na
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, onde se jubilou
como Professor Catedrático Convidado.
Desenvolveu ainda actividade literária no campo do ensaio e da poesia,
publicando alguns livros de poemas como Latitudes
(1999), Recaídas (2001) e Poemas Imprevistos (2003).
Fonte:
Fundação Mário Soares
terça-feira, 27 de outubro de 2020
RAUL DE CARVALHO - Amiúde
***
AMIÚDE
No vale dos afectos
ninguém está seguro:
mingua a lembrança
Esquece-se o rosto,
Retorna-se ao eu,
Os lábios secam, as palavras dormem, os sonhos
dispersam-se a
presença ausenta-se, há o
lago de que não se vê o fundo
E apenas as pequenas ilusões
-um café, o cigarro, a limonada -
imitam dois corações
unidos...
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
BULHÃO PATO – Anjo caído
Ingénua, casta, inocente,
Eras tu no mundo, rosa!
Quem te arrojou de repente
Para o abismo fatal!
Viste um dia o sol de Abril;
O teu seio virginal
Sorriu alegre e gentil.
Ergueu-se aos clarões suaves
D'aquela doce alvorada
A tua face encantada.
Amaste o doce gorjeio
Que desprendiam as aves,
E no teu cândido seio
Quanto amor, quanta ilusão
Alegre pulava então!
Mal haja o fatal destino,
Maldita a sinistra mão,
Que em teu cálix purpurino
Derramou fera e brutal
Esse veneno fatal.
Hoje és bela; mas teu rosto
Que outr'ora alegre sorria,
É todo melancolia!
Hoje nem sol, nem estrela,
Para ti brilha no céu;
Mal haja quem te perdeu!
domingo, 25 de outubro de 2020
ÁLVARO SALEMA - Stendhal (I)
sábado, 24 de outubro de 2020
EUGÉNIO DE ANDRADE – A uma cerejeira em flor
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
ALDA LARA - Testamento
in “ União dos Escritores Angolanos” (excertos)
TESTAMENTO
À prostituta mais nova
Do bairro mais velho e escuro,
Deixo os meus brincos, lavrados
Em cristal, límpido e puro...
E àquela virgem esquecida
Rapariga sem ternura,
Sonhando algures uma lenda,
Deixo o meu vestido branco,
O meu vestido de noiva,
Todo tecido de renda...
Este meu rosário antigo
Ofereço-o àquele amigo
Que não acredita em Deus...
E os livros, rosários meus
Das contas de outro sofrer,
São para os homens humildes,
Que nunca souberam ler.
Quanto aos meus poemas loucos,
Esses, que são de dor
Sincera e desordenada...
Esses, que são de esperança,
Desesperada mas firme,
Deixo-os a ti, meu amor...
Para que, na paz da hora,
Em que a minha alma venha
Beijar de longe os teus olhos,
Vás por essa noite fora...
Com passos feitos de lua,
Oferecê-los às crianças
Que encontrares em cada rua...
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
MATILDE ROSA ARAÚJO - Lua Cheia
Não se vai entornar?
A mãe abraçou o filho
Com seus braços de Lua Nova
Com seu coração de Quarto Crescente
E contou-lhe devagarinho
A história do Quarto Minguante.
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
WALT WHITMAN - Nenhum animal é insatisfeito
terça-feira, 20 de outubro de 2020
ERASMO DE ROTERDÃO - Humanista
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
FRANCISCO MANUEL DE MELO - Mas adonde irei eu, que este não seja
Se a causa deste ser levo comigo?
E se eu próprio me perco, e me persigo,
Quem será que me poupe ou que me reja?
Porque me hei-de queixar do Tempo e Inveja,
Se eu a quis mais fiel ou mais amigo?
Fui deixado em si mesmo por castigo:
Triste serei em quanto em mim me veja.
Esta empresa que em mim tanto em vão tomo,
Esta sorte que em mim seu dano ensaia,
Esta dor que minha Alma em mim cativa.
De mim, senhora, e dentro de vós viva.
domingo, 18 de outubro de 2020
LIMA DE FREITAS – VIEIRA DA SILVA e os seres dos espelhos (X)
sábado, 17 de outubro de 2020
MARIA TERESA HORTA - Minha senhora de mim
minha senhora
de mim
sem ser dor ou ser cansaço
nem o corpo que disfarço
Comigo me desavim
minha senhora
de mim
nunca dizendo comigo
o amigo nos meus braços
Comigo me desavim
minha senhora
de mim
recusando o que é desfeito
no interior do meu peito
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
OS GREGOS E ROMANOS
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
AUGUSTO CASIMIRO - Velando
Imagens, sonhos, versos comovido...
Vejo-a dormir... O meu olhar é um lago
Em que um lírio alvorece reflectido...
Vejo-a dormir e sonho... Só de vê-la
Meu olhar se perfuma e em minha vista
Há todo um céu de Amor a estremecê-la
E a devoção ansiosa dum Artista...
- Nuvem poisada, alvente, sobre a neve
Das montanhas do céu, – ó sono leve,
Hálito de jasmim, lírio, luar...
Respiração de flor, doçura, prece...
-Ó rouxinóis, calai! Fonte, adormece!...
MALMEQUER
MALMEQUER Português, ó malmequer Em que terra foste semeado? Português, ó malmequer Cada vez andas mais desfolhado Ma...
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DANTE ALIGHIERI (Itália, 1265 – 1321) Poeta e escritor *** Em Florença, cidade onde nasceu e cresceu e onde mais tarde des...
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Se o mar tivesse varandas Se o mar tivesse varandas Como tem de embarcações, ia ver o meu amor ...
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RAINER MARIA RILKE (Praga, República Tcheca,1875 - Valmont, Suíça, 1926) Poeta ...