CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
(Minas Gerais, Brasil, 1729 - 1789)
Poeta
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Em 1749, aos vinte anos de idade, seguiu
para Lisboa e daí para Coimbra, em cuja Universidade se formou em Cânones, em
1753. Ali publicou, em opúsculos, pelo menos três poemas, Munúsculo métrico, Labirinto
de amor e o Epicédio. Nesses
livros, a marca poética do Barroco seiscentista é evidente, nos cultismos,
conceptismos e formalismos característicos daquele estilo. Regressou ao Brasil em
1759.
Fonte: “Academia
Brasileira de Letras” (excerto)
***
SONETO
Estes os olhos são da minha amada,
Que belos, que gentis e que formosos!
Não são para os mortais tão preciosos
Os doces frutos da estação dourada.
Por eles a alegria derramada
Tornam-se os campos de, prazer gostosos.
Em zéfiros suaves e mimosos
Toda esta região se vê banhada.
Vinde olhos belos, vinde, e enfim trazendo
Do rosto do meu bem as prendas belas,
Dai alívio ao mal que estou gemendo.
Que belos, que gentis e que formosos!
Não são para os mortais tão preciosos
Os doces frutos da estação dourada.
Por eles a alegria derramada
Tornam-se os campos de, prazer gostosos.
Em zéfiros suaves e mimosos
Toda esta região se vê banhada.
Vinde olhos belos, vinde, e enfim trazendo
Do rosto do meu bem as prendas belas,
Dai alívio ao mal que estou gemendo.
Mas ah! delírio
meu que me atropelas!
Os olhos que eu cuidei que estava vendo,
Eram (quem crera tal!) duas estrelas.
Os olhos que eu cuidei que estava vendo,
Eram (quem crera tal!) duas estrelas.
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