domingo, 31 de janeiro de 2021

ALDEIA DA ROUPA BRANCA




ALDEIA DA ROUPA BRANCA

Ai rio não te queixes
Ai o sabão não mata
Ai até lava os peixes
Ai põe-nos cor de prata
Roupa no monte a corar
Vê lá bem tão branca e leve
Dá ideia a quem olhar
Vê lá bem que caiu neve

Água fria, da ribeira
Água fria que o Sol aqueceu
Ver a aldeia traz à ideia
Roupa branca que a gente estendeu
Três corpetes, um avental
Sete fronhas e um lençol
Três camisas do enxoval
Que a freguesa deu ao rol

Ai rio não te queixes
Ai o sabão não mata
Ai até lava os peixes
Ai põe-nos cor de prata
Olha ali o enxoval
Vê lá bem de azul da esperança
Parece o monte um pombal
Vê lá bem que pombas brancas

Ai rio não te queixes
Ai o sabão não mata
Ai até lava os peixes
Ai põe-nos cor de prata
Um lençol de pano cru
Vê lá bem tão lavadinho
Dormimos nele, eu e tu
Vê lá bem, está cor de linho





Letra: Ramada Curto, Chianca de Garcia
Música: Raul Portela
Intérprete: Beatriz Costa
Filme: Aldeia da Roupa Branca







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