Alexandre
Pinheiro Torres nasceu em Amarante, no dia 27 de
Dezembro de 1923 e viveu até 3 de Agosto de 1999.
Foi poeta, crítico literário do
movimento neo-realista, romancista, tradutor, professor e historiador.
Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas
na Universidade de Coimbra.
Colaborou em várias publicações, tais
como: “Seara Nova”; “Jornal de Letras”; “Artes e Ideias”; “Gazeta Musical e de
Todas as Artes”; “A Serpente”.
Proibido de exercer a sua actividade
docente em Portugal, por motivos políticos, decidiu abandonar o País.
Convidado pela Universidade de Cardiff,
no País de Gales, leccionou a cadeira, por si criada, de "Literatura
Africana de Expressão Portuguesa”.
Em 1976, fundou, na mesma Universidade, o
"Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros".
Em 1983, recebeu o “Prémio de Poesia”,
pela Associação Portuguesa de Escritores.
Foi membro da Academia Maranhense de
Letras de São Luís do Maranhão, no Brasil.
Homenagem Póstuma
Pode acontecer que já esteja bem morto
quando alguém disser que eu pudera ser
grande;
e, então, será inútil o póstumo
conforto:
nunca gozarei não ser o pobre Alexandre!
Pode acontecer que as hipócritas dores
que venham trazer ao pé do mausoléu,
perpassem por ele em tão fortes clamores
que façam abrir-me o ferrolho do Céu.
Pode acontecer que eu, então, tenha o
cúmulo
de todas as coisas sonhadas e vãs,
e que, assim, na vida começada no
túmulo,
venha a conhecer o esplendor das Manhãs!
Alexandre
Pinheiro Torres, in “Novo Génesis”.
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