Maria Alberta Menéres nasceu em Vila Nova
de Gaia no dia 25 de Agosto de 1930.
Escritora,
poetisa, jornalista, professora e tradutora.
É licenciada em
Ciências Histórico-Filosóficas.
Tem valiosa participação
em jornais e revistas literárias.
Entre 1975 e
1986, dirigiu o Departamento de Programas Infantis e Juvenis da Radiotelevisão
Portuguesa.
Organizou a “ Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa”.
Foi, durante
cinco anos, assessora do Provedor de Justiça, como criadora da linha telefónica
grátis “Recados da Criança”.
Recebeu o “Grande
Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens”, pelo conjunto
da sua obra literária e o “Prémio do Concurso Internacional de Poesia Giacomo
Leopardi”.
No dia 8 de Junho
de 2010 foi agraciada com o grau de “Comendadora da Ordem do Mérito”.
AS PEDRAS
As pedras falam?
pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.
Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?
As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.
Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.
Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.
Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.
As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.
Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?
As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.
Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.
Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.
Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.
As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.
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