ÁLVARO PAIS
(Galiza,
Espanha, 1275/80 – Sevilha, 1352)
Jurista,
teólogo, filósofo e canonista
Cursou direito na
Universidade de Bolonha, onde foi discípulo de Guido de Baisio, leccionando
mais tarde nessa mesma Universidade e chegando a ser Bispo de Silves, Algarve
(1333).
O seu pensamento é de difícil caracterização, já que carece de unidade
e da coerência que o sistematizaria. A generalidade dos eruditos que têm
abordado a sua obra interpreta o seu pensamento predominantemente no âmbito da
filosofia política e, nesta, inserem-no na corrente hierocrática medieval – ou
seja, entendendo todo o poder temporal como subordinado ao poder espiritual do
Papa.
Do reconhecimento e sagração do monarca pelo Papa, dependeria o Rei ou
Imperador ficarem investidos do poder espiritual, do direito ou da legitimação divina
de reinarem sobre o povo – Rei ou Imperador pela graça de Deus! -, daí
resultando como objectivo final a bem-aventurança eterna dos súbditos e a
protecção divina do reino - a tese é a de toda a filosofia política medieval. O
Poder possui uma origem divina – omnis
potestas a Deo.
Algumas das suas obras:Collyrium fidei Adversus
haereses (Colirio da Fé contra os hereges);De statu et planctu Ecclesiae (Do estado e do pranto da Igreja); Speculum
regum (Espelho de reis),escrita em
Tavira entre 1341 e 1344.
in “Didacta – Filosofia”
Imagem: Álvaro Pais, em gravura do século XIX -
Biblioteca Nacional de Portugal.
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